COI encerra suspensão ao Comitê Olímpico Brasileiro após 4 meses

Suspensão veio por suspeita de compra de votos para que Rio fosse sede dos Jogos

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COI encerra suspensão ao Comitê Olímpico Brasileiro após 4 meses
Paulo Wanderley Teixeira, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro - Ricardo Borges/Folhapress

Após quatro meses, o COI (Comitê Olímpico Internacional) encerrou a suspensão imposta ao COB (Comitê Olímpico do Brasil) por envolvimento do então presidente do órgão Carlos Arthur Nuzman em suspeita de compra de votos para a eleição do Rio como sede dos Jogos de 2016.

A entidade nacional estava impedida de receber repasses do comitê internacional desde outubro de 2017.

Paulo Wanderley, presidente do comitê olímpico nacional, comemorou a decisão.

"Estamos muito felizes com a decisão do COI. É um reconhecimento ao trabalho e ao esforço que o Comitê Olímpico do Brasil vem fazendo ao longo dos últimos três meses, pautados na austeridade, meritocracia e transparência e em conformidade com a Agenda 2020 do COI", disse o dirigente, que assumiu o cargo após Nuzman ser preso e renunciar ao cargo, também em outubro de 2017.

"Estamos certos de que com seu novo estatuto, o COB é hoje um exemplo de boa governança para entidades esportivas do mundo todo. Vamos continuar trabalhando firmemente para ratificar esse compromisso com uma gestão moderna do esporte", completou Wanderley em nota divulgada pelo COB.

Em 31 de outubro do ano passado, o comitê executivo do COI já havia revogado parcialmente a punição da entidade. Com isso, o COB voltou a ser reconhecido como um NOC (comitê olímpico nacional, na sigla em inglês), podendo participar de reuniões da associação dos comitês olímpicos nacionais.

A entidade, porém, ainda não podia receber a sua parcela de um mecanismo que transfere para os comitês nacionais uma parte do valor que os patrocinadores olímpicos pagam ao COI.

"A expectativa é que o COB receba US$ 2,2 milhões (R$ 7 milhões) referentes ao saldo restante de 2017 e mais US$ 3 milhões (R$ 9,6 milhões) no final de 2018, de acordo com o que prevê o contrato com o COI. Durante a suspensão ao COB, o COI manteve apenas os recursos para o apoio direto aos atletas, através do Programa Solidariedade Olímpica Internacional", afirma o COB em nota, citando os valores que deverá receber com o fim da punição.

COI

Também em nota, o comitê executivo do COI afirmou que revogou a suspensão do COB após a entidade ter aprovado um novo estatuto e regras de governança interna "em total acordo com a Carta Olímpica e com princípios básicos de boa governança do movimento olímpico".

O comitê internacional afirmou ainda que as contas do COB entre 2008 e 2010 --período em que teria acontecido a compra de votos-- foram examinadas por um auditor independente, que não encontrou indícios de participação do COB, como entidade legal, na suposta compra de votos na eleição para sede da Olimpíada de 2016.

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