Patriots e Eagles tentam conter ansiedade antes do Super  Bowl

Decisão será realizada neste domingo (4) em Minneapolis

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Tom Brady (12) conversa com os companheiros dos Patriots Phillip Dorsett (13) e Brandin Cooks na véspera da final do Super Bowl
Tom Brady (12) conversa com os companheiros dos Patriots Phillip Dorsett (13) e Brandin Cooks na véspera da final do Super Bowl - Mark Humphrey/Associated Press
Minneapolis

Na véspera do Super Bowl, que amanheceu com uma leve nevasca em Minneapolis, no meio-oeste americano, tanto o Philadelphia Eagles quanto o New England Patriots tentaram conter a ansiedade para a partida final.

As equipes não treinaram fisicamente um dia antes do jogo, mas podem fazer um reconhecimento rápido, de menos de uma hora, do estádio.

Se entre os Patriots o sábado é de rotina segundo o técnico Bill Belichick, afinal é a décima aparição da equipe na decisão do futebol americano, entre os Eagles, que não chegam ao grande jogo decisivo desde 2005, quando perderam por 24 a 21 para o mesmo adversário deste domingo (4), a opção foi trazer um jogador experiente para conversar com o grupo.

Brett Favre, que no passado foi quarterback titular do Green Bay Packers, enquanto na reserva estava Doug Pederson, atual treinador dos Eagles, e que vai disputar o seu primeiro Super Bowl no banco de reservas, foi convidado a falar sobre a importância do momento.

Presente no Hall da Fama do futebol americano desde 2016, o ex-jogador tem um anel de Super  Bowl na sua coleção de troféus e recordes. Com a camiseta do Green  Bay  Packers, Favre e Pederson venceram a edição número 31 do evento, em 1997. Do outro lado do campo, também estava o New  England  Patriots. A partida, disputada em New Orleans, acabou 35 a 21.

Segundo Pederson, que gosta de montar ataques agressivos, desde a época que era coordenador ofensivo, momentos como o deste domingo não ocorrem todos os anos para os jogadores de futebol americano. Agora, é o dia para refletirmos toda a temporada, como chegamos até aqui. E jogar uns para os outros. Se divertindo, mas sem esquecer o peso que tem o jogo, afirmou.

Do lado dos Patriots, que tentam manter a sua dinastia e vencer mais um Super Bowl, o sexto, o discurso de toda a semana continua presente. Ninguém assume o favoritismo e todos seguem respeitando e elogiando o adversário deste domingo.

"É difícil ganhar este campeonato. Ele é muito competitivo. Penso que estamos prontos para jogar e nós vamos para o campo fazer o nosso melhor", afirma Belichick.

Apesar de esconder bastante sua estratégia de jogo, um dos maiores treinadores da história da NFL, que deve continuar à frente dos Patriots na próxima temporada, ainda ao lado de Tom Brady, gosta de neutralizar a principal jogada do adversário nas partidas que faz.

O que significa dizer que o armador dos Eagles, Nick Foles, não deve ter facilidade de fazer os passes curtos que costumam fazer para os atacantes correrem com a bola. O que vai fazer com que o armador reserva da equipe da Filadélfia, que só virou titular após a contusão de Carson Wentz, mostre se está ou não a altura do Super Bowl.

"A atuação dele vai fazer a diferença entre um grande jogo [para os Eagles] ou uma catástrofe", prevê Raul Allegre, ex-jogador de futebol americano, vencedor de dois Super Bowl (o 21 e o 25), que hoje comenta futebol americano pela ESPN para o México, seu país natal.

Além da atuação do armador de 29 anos, outra interrogação que pode ser desfeita, segundo o ex-kicker, que trocou o futebol pelo esporte da bola oval ainda na universidade, é se a defesa dos Eagles, que obteve boas marcas na atual temporada, é realmente boa ou não.

Este Super Bowl poderá mostrar se essa afirmação de que a defesa da Filadélfia é boa não passa de uma espécie de mentira. Se deixarem o Tom Brady jogar, a partida pode estar definida no intervalo, disse Allegre à Folha.

O repórter viajou a convite da ESPN

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