Aos 36, Federer se torna mais velho número 1 da história do tênis

Suíço superará espanhol Rafael Nadal no ranking da próxima segunda (19)

O suíço Roger Federer se emociona ao bater o holandês Robin Haase no torneio de Roterdã
O suíço Roger Federer se emociona ao bater o holandês Robin Haase no torneio de Roterdã - Michael Kooren/Reuters
São Paulo | UOL

Depois de cinco anos e 106 dias, Roger  Federer está de volta à liderança do ranking mundial de tênis. O suíço confirmou o retorno ao posto de número 1 ao vencer, nesta sexta-feira (16), o holandês Robin Haase por 2 sets a 1, com parciais de 4/6, 6/1 e 6/1, em uma hora e 19 minutos de partida, pelas quartas de final do Torneio de Roterdã, na Holanda.

Na atualização do ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) a ser divulgada na próxima segunda-feira (19), Federer aparecerá à frente do espanhol Rafael Nadal, líder desde agosto de 2017. A última vez em que figurou na ponta havia sido em 4 de novembro de 2012. 

Aos 36 anos, Federer se torna o tenista mais velho, homem ou mulher, a ocupar o posto de número 1 do mundo, superando marca antes pertencente à norte-americana Serena Williams (aos 35).

“Ser o número 1 aos 36 anos, quase 37, é um sonho que se torna realidade”, afirmou o tenista, que fará 37 anos em 8 de agosto.

“Não consigo acreditar.”

Em quadra, Federer teve oportunidade para quebrar o serviço do adversário no início no primeiro set, mas desperdiçou e passou a sofrer com os potentes saques do holandês, 30 anos e número 42 do mundo.

Com alto aproveitamento no fundamento –cinco aces e 81% dos pontos oriundos do primeiro serviço– e apoiado pela torcida local, Haase quebrou o saque do suíço no nono game e, em seguida, fechou a parcial em 6/4.

A derrota no set despertou Federer, que adotou postura mais agressiva e dominante no segundo set. Com 11 pontos consecutivos, ele quebrou o serviço do holandês logo no segundo game, abrindo 3 a 0. Com nova quebra, manteve o controle e empatou o placar fechando a parcial em 6/1.

O ritmo impiedoso se manteve no terceiro set, e Federer confirmou a vitória, e a volta à liderança do ranking mundial, ao fechar o duelo com um novo 6/1, após uma dupla falta de Haase.

“Chegar ao número 1 é um dos maiores feitos que um atleta pode conseguir, se não for o maior. Ás vezes, no início, você joga tão bem que acaba chegando lá. Mais tarde, você luta e consegue recuperar a posição de alguém que merecia estar lá. Quando você está mais velho, parece que você tem que fazer o dobro do esforço, por isso, acho que esse [primeiro lugar] é o que tem maior significado na minha carreira”, disse.

Federer enfrenta na semifinal o italiano Andreas  Seppi, que bateu o russo  Daniil Medvedev por 2 sets a 1, com parciais de 7/6, 4/6 e 6/3, também nesta sexta. O outro confronto da chave masculina será entre o belga David Goffin e o búlgaro Grigor Dimitrov.

Caso avance à final em Roterdã, o suíço buscará o 97º título de simples da carreira –ele é o segundo maior vencedor da era aberta do tênis (desde 1968), atrás apenas do norte-americano Jimmy Connors, com 109 troféus.

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