Jogo entre Vitória e Bahia tem briga no campo e fim antecipado

Equipe rubro-negra forçou uma expulsão para que o árbitro encerrasse a partida 

Jogadores de Bahia e Vitória brigam no gramado do estádio do Barradão
Jogadores de Bahia e Vitória brigam no gramado do estádio do Barradão - Fotos: Felipe Oliveira / EC Bahia
São Paulo

Após uma briga generalizada no gramado, o clássico entre Vitória e Bahia foi encerrado aos 34 minutos do segundo tempo, quando estava empatado por 1 a 1, por não haver o número mínimo de jogadores rubro-negros em campo. O time cavou um quinto cartão vermelho --depois de ter quatro atletas expulsos-- e forçou o árbitro Jailson Macêdo Freitas a apitar o fim do jogo.

A partida deste domingo (18), disputada no estádio do Barradão, foi promovida pelas equipes como o "Ba-Vi" da Paz. Mas, antes do jogo, a Polícia Militar prendeu 13 torcedores dos dois times que se envolveram em uma briga no entorno do estádio.

Segundo a polícia, os torcedores portavam dois envelopes de maconha, duas garrafas de cerveja vazias, três garrafas de cerveja quebradas, pedaços de madeira e pedras.

Em campo, o Vitória marcou o primeiro gol da partida com Denilson, aos 33 minutos do primeiro tempo. O Bahia empatou aos quatro minutos da etapa complementar, em pênalti convertido por Vinícius.

Foi na comemoração do gol do Bahia que a confusão teve início. Vinícius correu em direção ao setor em que fica a principal torcida organizada do Vitória e fez gestos obscenos. Os jogadores rubro-negros não gostaram das provocações e foram tirar satisfações com o meia.

O goleiro Fernando Miguel puxou o jogador pela camisa e começou uma discussão. Quando os atletas do Bahia chegaram para apartar a briga, houve troca de socos, chutes e empurrões. O zagueiro Kanu acertou um soco no rosto de Vinícius. 

Enquanto os jogadores discutiam, torcedores das duas equipes iniciaram uma briga na arquibancada. Os últimos seis clássicos estaduais foram feitos com torcida única, mas o Ministério Público permitiu que as duas torcidas fossem ao Barradão neste domingo.

O  jogo ficou paralisado por 16 minutos. Antes do reinício da partida, o árbitro expulsou quatro jogadores do Bahia (Vinícius, Lucas Fonseca, Edson e Rodrigo Becão) e três do Vitória (Kanu, Rhayner e Denilson).

Aos 32 minutos, Uillian Correia, do Vitória, foi expulso ao cometer uma falta e receber o segundo cartão amarelo. O zagueiro Bruno Bispo impediu o Bahia de cobrar a falta e chutou a bola para longe. Também recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso.

Câmeras de televisão flagraram o técnico Vagner Mancini passando orientações a um jogador do Vitória após a expulsão de Uillian Correia. O treinador foi perguntado se pediu para os atletas forçarem o final do jogo com mais um cartão vermelho, mas desconversou. Ele afirmou que o Bahia iniciou a briga e acusou os dirigentes do time rival de pressionarem o árbitro no intervalo.

Sem o número suficiente de jogadores do Vitória em campo, o árbitro apontou para o centro do gramado e encerrou o duelo. A torcida rubro-negra comemorou a decisão nas arquibancadas.

Segundo o regulamento da CBF, o Bahia terá de ser declarado vencedor, pelo placar de 3 a 0. A regra diz  que "se uma das equipes ficar reduzida a menos de sete atletas, dando causa a essa situação, tal equipe perderá os pontos em disputa". 

O regulamento informa que o resultado da partida será mantido se, no momento do seu encerramento, a equipe que possui jogadores suficientes estiver vencendo a partida por um placar igual ou superior a três gols de diferença. Em caso contrário, o time será declarado vencedor por 3 x 0.

O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) deverá analisar o caso nos próximos dias e julgar se devem ser aplicadas sanções aos clubes e aos jogadores envolvidos na briga. 

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