Se alguém ainda questionava o potencial do Palmeiras, o duelo diante do Santos não deixou dúvida de que o time está muito mais preparado nesta temporada do que no ano passado, quando já era considerado favorito.
Com boas alternativas ofensivas e uma organização defensiva quando foi exigido, o clube alviverde venceu o Santos por 2 a 1, neste domingo (4), pela quinta rodada do Campeonato Paulista.
Foi a quinta vitória consecutiva da equipe dirigida por Roger Machado, a única com 100% de aproveitamento neste início de Estadual.
A campanha até o momento é a melhor do Palmeiras desde 2014, quando venceu os seis primeiros jogos da competição. Na oportunidade, porém, o time teve um ano decepcionante: foi eliminado na semifinal do Paulista para o Ituano, nas oitavas de final da Copa do Brasil para o Atlético-MG e só se salvou da queda para a Série B do Brasileiro na última rodada.
Desta vez, porém, os palmeirenses não estão preocupados em viver uma situação semelhante. Ainda mais se a equipe mantiver o futebol apresentado diante do Santos, quando mostrou ter amplo repertório ofensivo e defensivo.
A ofensividade foi mostrada logo no início. Com boa troca de passes, principalmente pelo lado direito do campo, que tinha Lucas Lima, Marcos Rocha e Willian, a equipe impôs o seu ritmo.
Pelo setor, conseguiu um escanteio cobrado por Dudu logo no primeiro minuto na cabeça do zagueiro Antônio Carlos, que abriu o placar. Na sequência, Lucas Lima acertou o travessão em uma cobrança de falta sofrida pelo atacante Willian.
O camisa 20, que pela primeira vez enfrentava o seu time, porém, não foi brilhante. Teve apenas uma atuação regular. Ele tentou organizar as jogadas, mas estava bem marcado e até se irritou em alguns lances.
Após a pressão inicial, o Palmeiras mostrou o seu lado defensivo. A equipe se fechou e procurou explorar os contra-ataques. Neste momento, levou apenas um susto em cabeçada de Sasha, que exigiu uma boa defesa do goleiro Jailson.
O Santos também conseguiu equilibrar o jogo porque o treinador Jair Ventura adiantou a marcação para dificultar a saída de bola do adversário, que era feita pelo volante Felipe Melo, que se posicionou entre os dois zagueiros Antônio Carlos e Thiago Martins. Assim, os laterais Marcos Rocha e Victor Luís avançam para o time ganhar profundidade.
Apesar de equilibrar a partida na etapa inicial, o Santos mostrou pouco poder ofensivo. Vecchio buscou organizar o jogo, mas está longe da qualidade de Lucas Lima. O setor ofensivo com Arthur Gomes, Copete e Sasha também pouco fez.
A torcida santista ainda tem esperança de ver uma evolução, já que Bruno Henrique, que se recupera de um problema no olho, e Gabriel não entraram em campo.
Eles fizeram muita falta no clássico, principalmente na etapa complementar, quando o time não teve força para buscar o empate.
O segundo tempo também foi dominado pelo time alviverde. Assim como fez no início do jogo, os jogadores palmeirenses imprimiram um forte ritmo. Em quatro minutos, poderiam ter liquidado a partida com o colombiano Borja, que perdeu um gol feito, mas aproveitou a segunda chance, após jogada de Willian, para concluir no canto e ampliar o marcador.
Assim como nas outras quatro partidas anteriores, o Palmeiras passou a controlar o jogo com troca de passes e criou outras chances.
Em um descuido, porém, viu o Santos diminuir em uma cabeçada de Renato após cruzamento da esquerda.
Mesmo com o gol tomado, o time palmeirense manteve uma postura organizada. A torcida ainda viu a estreia de Gustavo Scarpa, que entrou no lugar de Lucas Lima.
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