Russo nega doping após exame positivo nos Jogos de Inverno

Krushelnitski, bronze no curling, diz que jamais tomou meldonium

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Alexander Krushelnitski varre o gelo durante disputa das duplas mistas do curling
Alexander Krushelnitski varre o gelo durante disputa das duplas mistas do curling - Cathal McNaughton - 13.fev.2018/Reuters
PyeongChang | Reuters

O medalhista olímpico russo Alexander  Krushelnitski negou ter usado uma substância proibida em um caso de suspeita de doping que abalou a Olimpíada de Inverno de PyeongChang e que pode ameaçar os esforços da Rússia para recuperar sua reputação olímpica.

Krushelnitski, que conquistou o bronze com sua esposa, Anastasia  Brizgalova, nas duplas mistas de curling, terá que comparecer a uma audiência do Tribunal de Arbitragem do Esporte depois de ter sido flagrado em um exame pelo uso de meldonium, um medicamento que pode melhorar a capacidade física.

Em seus primeiros comentários desde que o exame positivo veio à tona nesta semana, Krushelnitski disse que jamais tomou nenhuma substância proibida e que é categoricamente contra o doping.

"Só uma pessoa privada de bom senso pode usar qualquer tipo de doping, e especialmente [através de medicamentos como] o meldonium, antes da Olimpíada, na qual os exames estão em seu nível mais alto", afirmou ele em um comunicado publicado nesta terça-feira (20) no site da federação russa de curling.

O caso provocou espanto nos atletas do esporte, uma espécie de xadrez no gelo, que exige mãos firmes e concentração, e não boa forma física.

O ministro dos Esportes da Rússia, Pavel Kolobkov, saiu em defesa de Krushelnitski dizendo que o atleta não pode ter consumido um medicamento proibido deliberadamente.

"É óbvio que, neste caso em particular, o atleta não poderia ter usado uma substância proibida intencionalmente, simplesmente não faz sentido", disse ele à agência de notícias Tass.

"O curling, em teoria, não é o tipo de esporte no qual atletas desonestos se dopam", acrescentou.

Na segunda (19), o presidente da Federação Russa de Curling, Dmitri Svichtchev, afirmou que o caso era uma "provocação" e um "ato de sabotagem".

"Desde 2015 foram oferecidas 11 amostras [do atleta] e todas deram negativo. O que passaria na cabeça de um homem para tomar uma pastilha antes dos Jogos Olímpicos?", disse.

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