À procura do estilo Libertadores, Palmeiras estreia na Colômbia

Os campeões Grêmio e Atlético Nacional construíram vitórias com alto índice de passes certos

O jogador do Palmeiras Miguel Borja cabeceia a bola durante treinamento do time
O atacante colombiano Miguel Borja durante treinamento do Palmeiras na Academia de Futebol - Cesar Greco/Folhapress
Eduardo Geraque
São Paulo

O sonho de reconquistar a América começa nesta quinta (1º) para o Palmeiras, diante do Júnior de Barranquilha, na Colômbia, às 21h30.

A preocupação do técnico Roger Machado, ainda mais após a derrota para o Corinthians, é encontrar o estilo Libertadores de vencer.

O desempenho na troca de passes dos dois últimos campeões do torneio indica que uma equipe eficiente nesse fundamento é um dos trunfos para uma campanha vitoriosa. O que o próprio treinador do Palmeiras sabe bem.

"A troca de passes precisa ter alternância de distância, de velocidade e de direção para que o adversário prenda atenção à bola e permita que espaços apareçam", diz Roger.

O Grêmio, vencedor em 2017, e o Atlético Nacional da Colômbia, campeão em 2016, ficaram entre os dez melhores no ranking de troca de passes de cada edição, considerada a média por jogo. 

A velocidade com que as trocas ocorreram, medida em passes por minuto em que o time tem a bola, também foi alta entre os times campeões.

Em 2017, a equipe dirigida por Renato Gaúcho, que jogou a Libertadores com 47 clubes, ficou em nono no ranking de passes efetuados.

Quanto à velocidade, o campeão da Libertadores de 2017 foi o terceiro.

Na lista de passes certos, o time gremista ficou em sexto.

O Atlético Nacional, que tinha o colombiano Borja, hoje no Palmeiras, como um dos destaques do time campeão em 2016, que desbancou outros 37 times, também construiu suas vitórias com eficientes trocas de passes.

O time colombiano foi o terceiro em rapidez das trocas e o segundo no total de passes dados por jogo.

Os comandados de Reinaldo Rueda ainda ficaram em 2º em passes corretos.

Mas se Borja é uma das esperanças do Palmeiras para a Libertadores, a questão é saber como o meio campo vai municiar o ataque. 

O jogo contra o Corinthians é o parâmetro do ano. Fábio Carille fez com que os jogadores do time alvinegro pressionassem a saída de bola. 

Principal contratação da temporada, Lucas Lima não conseguiu jogar bem no clássico. Tanto o meia, quanto Felipe Melo, um dos destaques em passes certos no Paulista, optaram por jogadas longas, e imprecisas.

Os atacantes não tiveram a bola para finalizar.

Outra peça chave no meio campo do Palmeiras, na avaliação de Roger, é o meia Tchê Tchê. "Não compactuo com as críticas feitas a ele", diz.

Na forma de jogar do Palmeiras, que busca defender-se com sete a oito jogadores atrás da linha da bola, Tchê Tchê tem-se mostrado eficaz.

Roger disse que a equipe está definida para o jogo desta quarta-feira (28), mas não anunciou quem vai jogar. 

Na busca de um meio campo que jogue no estilo dos últimos campeões, a estreia na Colômbia vai mostrar se a montagem que perdeu para o Corinthians é a ideal ou se peças precisam mudar. 

Guerra, à frente, ou Moisés perto da zaga, são opções.

O jogo será transmitido pelo SporTV.

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