Clayson saiu do Itaquerão reclamando do cartão vermelho que recebeu no final do primeiro tempo. O atacante foi expulso junto com Felipe Melo, do Palmeiras, após confusão em que outros jogadores também trocaram empurrões.

“Eu fiquei muito nervoso depois que fui empurrado no rosto. Acho que não havia necessidade de expulsar ninguém”, disse ele.

A dupla possui um histórico de rivalidade. Começou no Brasileiro do ano passado, quando discutiram no túnel de acesso ao campo do Itaquerão e tiveram de ser contidos pelos companheiros. Nos dois confrontos do Paulista deste ano, eles não se cumprimentaram antes do clássico.

O corintiano afirma que o árbitro Leonardo Bizzio Marinho o ameaçou de expulsão logo no início da primeira partida da final do Paulista, vencida pelo Palmeiras por 1 a 0 neste sábado (31).

“Ele [o juiz] já veio mal intencionado com a gente [Clayson e Felipe Melo]. Me ameaçou desde o começo, dizendo que ia me expulsar. Não teve nada nada. Na hora da confusão, ele [Melo], veio me empurrar. Não coloquei a mão em ninguém”, se justificou.

A versão do corintiano não bate com a do palmeirense. Felipe Melo disse que se defendeu porque Clayson ameaçou lhe dar um soco.

Outros jogadores, como Dudu, consideraram as expulsões justas. Os dois treinadores não quiseram comentar a atuação de Marinho. Mas nem todos ficaram contentes. 

"Não tenho nada para dizer da arbitragem", disse o presidente do Corinthians Andrés Sanchez.

Cássio se queixou que faltou pulso firme ao árbitro para controlar a final.

“Em um jogo desse tamanho, tem de colocar um árbitro Fifa. Falou-se a semana toda que o jogo seria quente, tem de colocar um árbitro de mais pulso. Não houve intenção de prejudicar ninguém, mas acho que ele segurou muito o jogo. Qualquer lance ele dava cartão. Creio que poderia ter sido escolhido alguém mais experiente. Foi um dos jogos mais parados que tivemos”, disse o goleiro.

No total, Marinho deu dois cartões vermelhos e dez amarelos. Foram marcadas 50 faltas.