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Por assinar com a Globo, Santos pode perder R$ 17,5 mi por ano até 2024

Clube paulista havia feito contrato no ano passado que negociaria TV aberta e PPV em conjunto com outros times

O presidente do Santos, José Carlos Peres, concede entrevista à Folha antes da eleição, no final do ano passado
O presidente do Santos, José Carlos Peres, concede entrevista à Folha após ser eleito, no final do ano passado - Keiny Andrade - 14.dez.2017Folhapress
Alex Sabino Diego Garcia
São Paulo

Por ter assinado contrato de TV aberta e pay-per-view com a Rede Globo na semana passada, o Santos pode perder R$ 17,5 milhões por ano entre 2019 e 2024.

Em abril de 2017, o então presidente Modesto Roma Jr. fechou acordo com Bahia, Atlético-PR e Coritiba de que a negociação e acerto com a Globo seriam em conjunto. 

Para TV fechada, os quatro times aceitaram proposta do Esporte Interativo por cinco anos a partir de 2019.

O contrato entre os clubes, visto pela Folha, prevê punição em caso de não cumprimento. Não haveria o pagamento de multa, mas sim perda de receita. Do dinheiro a ser pago pelo Esporte Interativo à equipe que não cumpriu o acordo, R$ 17,5 milhões por ano seriam distribuídos às outras três.

A ideia de fechar o contrato em conjunto com a Globo era maximizar o poder de negociação com a emissora e conseguir valores melhores.

Se Atlético-PR, Coritiba ou Bahia resolverem reclamar da quebra de contrato na Justiça, o Santos poderá perder a verba do Esporte Interativo.

O atual presidente José Carlos Peres aceitou cerca de R$ 45 milhões pelas transmissões abertas e em PPV do Brasileiro pelas próximas cinco temporadas. A renovação com a Globo foi anunciada na última quinta (1). 

 
“Claro que assinei [o contrato com os demais clubes]. Existia uma cláusula no contrato que se não assinássemos com a Globo a transmissão por TV aberta, o Esporte Interativo seria obrigado a pagar os mesmos valores. Para que assinar com a Globo com essa pressa toda? Quem deveria ter pressa era a Globo, não o Santos”, questiona o ex-presidente Modesto Roma Júnior.

A Folha apurou que os dirigentes de Atlético-PR, Bahia e Coritiba estão irritados com a decisão santista e vão conversar nesta semana sobre o que será feito.

A assessoria de imprensa do Santos afirma que o jurídico do clube vai analisar a questão a partir desta segunda (5) e que até lá, o clube não vai fazer nenhum pronunciamento. 

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