Torcida do São Paulo faz protesto contra time em forma de marcha fúnebre

Planejada pela Independente e Dragões da Real, marcha começou 2h antes de jogo do Paulistão

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Torcida protesta com marcha fúnebre antes da partida entre São Paulo e Red Bull Brasil, no estádio Morumbi, pelo Campeonato Paulista 2018
Torcida protesta antes da partida entre São Paulo e Red Bull Brasil, no estádio Morumbi, pelo Campeonato Paulista 2018 - Marcello Zambrana/AGIF
Adriano Wilkson Diego Salgado
São Paulo | UOL

A torcida do São Paulo promoveu um extenso protesto neste domingo nas imediações do estádio do Morumbi, nas horas que antecedem a partida contra o Red Bull, pelo Campeonato Paulista, neste domingo (11). Os alvos do ato foram a diretoria do clube e o atual elenco de jogadores.

Planejada pelas torcidas Independente e Dragões da Real, as mais famosas organizadas ligadas ao São Paulo, a "marcha fúnebre" foi iniciada duas horas antes do jogo do Paulistão. Cinco caixões, seis faixas e dezenas de cruzes trouxeram mensagens que contestam pontos importantes da administração do presidente Leco, Carlos Augusto de Barros e Silva. Também a má sequência de resultados do time foi alvo da encenação, com objetos em alusão a "um time morto".

Ao som de uma marcha fúnebre e marcação de tambor, foram contestados o trabalho das categorias de base em Cotia e, segundo os torcedores, o uso do ídolo Rogério Ceni como "barganha política" na última temporada. Na caminhada, os torcedores exibiram faixas com mensagens como "São Paulo na UTI" e pediam a "libertação de Leco". Uma fumaça preta foi lançada para simbolizar o momento do clube.

"Resolvemos fazer um protesto criativo, diferente, contra esse time morto. Isso não vem de agora, vem de anos. Anos perdendo clássico, sendo motivo de chacota. Fizemos esse protesto contra a morbidez desse time do São Paulo", afirmou André Azevedo, presidente da Dragões da Real. 

Segundo o líder de torcida, a organizada não vai entrar no estádio neste domingo para a partida contra o Red Bull e incentiva "torcedores comuns" a fazer o mesmo, mas sem nenhum tipo de intimidação na porta do Morumbi, assegura. 

"Essa diretoria está afundando o nosso São Paulo há dez anos. Cotia gerou R$ 200 milhões ano passado e ninguém sabe onde está o dinheiro. Eles embolsam tudo e para o time não fica nada. Eles tão matando o nosso clube", comentou Anderson José, 33, mecânico de ar-condicionado, que carregou um dos caixões no ato.

O protesto agradou a alguns moradores do bairro do Morumbi, que tiram fotos e selfies da "marcha fúnebre" dos organizados. Segundo os organizadores, cerca de 500 pessoas participaram da encenação crítica.

Mais cedo neste domingo, em uma rede social, a Independente discorreu sobre o ato realizado nas imediações do Morumbi: "10 anos de Humilhação!!!! Se está bom para vocês, continuei (sic) com esse discurso que o problema era o treinador. Ou joga por amor ou joga por terror".

Mesmo com uma campanha de cinco derrotas em 11 partidas, o São Paulo está classificado para as quartas de final do Campeonato Paulista, em que enfrentará o São Caetano. Mas o retrospecto inicial do ano interrompeu o trabalho de Dorival Júnior, que acumulou reveses nos três clássicos estaduais realizados na temporada —o último deles na quinta-feira (8), diante do Palmeiras, na "gota d'água" para a demissão do treinador.

Neste domingo, a diretoria tricolor confirmou a contratação do uruguaio Diego Aguirre para o comando do time. Ex-jogador do São Paulo no começo dos anos 90, o estrangeiro chega para substituir Dorival Júnior e tentar melhorar o desempenho técnico da equipe.

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