Descrição de chapéu

Não é razoável saber que se está cometendo um crime e não evitá-lo

Arbitragem eletrônica é urgente, pois perder credibilidade é muito mais caro

Paulo Vinicius Coelho

​​Messi lançou Tévez. O goleiro Oscar Sánchez saiu e evitou o gol. Na rebatida, a bola voltou no pé de Messi, que chutou sem direção. No meio do caminho, Tévez, em posição de impedimento, meteu a cabeça na bola. Gol da Argentina!

A cena aconteceu no jogo entre Argentina e México, na Copa de 2010. Bola no meio de campo para o reinício da partida, o árbitro italiano Roberto Rossetti levanta a cabeça enquanto o telão do estádio mostra o replay. Rossetti viu e respirou fundo. Apitou o reinício. O jogo duro ficou fácil: 3 a 1 no final.

O juiz viu que errou, 84 mil espectadores flagraram-no, e Rossetti não voltou atrás por não ter autorização para saber que estava errado. Eu estava no estádio. Naquele dia, fiquei favorável ao árbitro de vídeo. 

Arbitragem eletrônica é urgente. O tempo apenas vai aperfeiçoá-la. Perder credibilidade é muito mais caro.

Corrigir o erro flagrante é fundamental. Já pedir ao árbitro que revise jogadas discutíveis mexe na lógica da regra.

Muitas vezes não se entende que o jogo tem como premissa o espírito esportivo. A regra é toda subjetiva, entregue a um homem de preto cuja interpretação é a que vale.

Exceto quando o lance não deixa dúvida. Uma mão estendida, um impedimento de um metro, um pé que toca o joelho e não alcança a bola.

 
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