Descrição de chapéu Copa do Mundo

A pouco mais de um mês para a Copa, estádio ainda é canteiro de obras

Arena em Samara foi a que sofreu mais atrasos na construção e a última a ser inaugurada

Fábio Aleixo
Samara (Rússia)

A pouco mais de um mês para o início da Copa do Mundo, o estádio de Samara, uma das sedes do torneio, chama a atenção pela quantidade de trabalho que precisa ser feito em seu entorno e ajustes nas áreas interna e externa. Principalmente na questão da limpeza. 

O estádio de Samara foi o que sofreu mais atrasos em sua construção e também foi o último a ser inaugurado, em 28 de abril.

No domingo (6), passou pelo segundo jogo-teste. O Krilia Sovetov ganhou do Kuan Krasnodar por 1 a 0 e garantiu o acesso para a elite do Campeonato Russo.

Foram 42 mil torcedores em um estádio para 45 mil. A grandiosidade da arena e seu formato lembrando um disco voador —Samara é um polo do desenvolvimento aeroespacial russo— impressionam.

O custo para a construção do estádio foi de US$ 320 milhões (R$ 1,1 bilhão).

 
Entorno do estádio de Samara, que será uma das sedes da Copa do Mundo na Rússia
Entorno do estádio de Samara, que será uma das sedes da Copa do Mundo na Rússia - Fábio Aleixo/Folhapress
 
No jogo-teste, o que mais se via pelos corredores e assentos de torcedores e jornalistas era poeira. Uma mostra de que toda a reta final da construção foi feita às pressas para que as três partidas experimentais exigidas pela Fifa pudessem ser realizadas.

A arena só recebeu liberação para funcionar em 26 de abril.

Do lado de fora, no caminho que leva ao estádio, há excesso de terra, com tratores e máquinas de grande porte trabalhando. Ainda é um grande canteiro de obras.

A promessa das autoridades é que tudo estará perfeito até que Samara receba seu primeiro jogo do torneio, em 17 de junho. Será entre Costa Rica e Sérvia, que integram o grupo do Brasil. A seleção de Tite jogará na cidade nas oitavas de final se for primeira de sua chave. Se for segunda, poderá atuar nas quartas.

"Posso garantir que tudo estará pronto a tempo. Ainda temos um certo tempo até o começo do Mundial. Comparo com o futebol. Os minutos de acréscimo são sempre importantes e um time pode fazer gol. Neste tempo que resta, faremos bem o nosso trabalho", disse Dmitri Azarov, governador da região de Samara. 

Havia o temor de que o estádio não ficasse pronto a tempo, o que seria um vexame para a cidade e para a Rússia.

"Não adianta esconder que tivemos problemas e atrasos. Há seis meses achávamos que não daria tempo. Este atraso foi muito por causa do design único e complexo que escolhemos", explicou o governador.

O mais complicado foi finalizar a cobertura. Antes da conclusão, não era possível fazer nenhum trabalho onde hoje se encontra o campo. Isso porque os pilares que davam sustentação ao teto estavam fincados sobre o terreno de jogo.

O rigoroso inverno também contribuiu para que o gramado só fosse instalado no fim da primeira quinzena de abril, após chegar da Alemanha, onde foi cultivado.

Visão geral do estádio do Samara, que será usado na Copa do Mundo de 2018 - Mladen ANTONOV/ AFP

Na partida-teste de domingo, porém, a grama parecia estar em um estado muito bom e não foi alvo de reclamação de jogadores e treinadores.

"O inverno foi rigoroso. Tivemos neve até o começo de abril. Mas agora vai melhorar tudo por fora e por dentro. Tenho vindo aqui todos os dias e a evolução tem sido constante", disse o vice-governador Aleksnder Fetisov. 

Para chegar ao estádio é possível ir em ônibus especiais ou em um bonde recém-inaugurado. ​

Um último jogo-teste será realizado na sexta (11), entre Krilia Sovetov B e Mordovia FC, pela terceira divisão russa.

O repórter viajou a convite do Comitê Organizador da Copa do Mundo

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