Capitão na Libertadores, Balbuena forjou liderança na 2ª divisão do Paraguai

Zagueiro tinha apenas 19 anos quando vestiu a faixa em seu primeiro clube

Bruno Rodrigues
São Paulo

Bicampeão paulista e campeão brasileiro desde que chegou ao Corinthians, o zagueiro Fabián Balbuena, 26, vem assumindo cada vez mais o papel de líder na equipe de Fábio Carille.

Não é à toa que o técnico o nomeou capitão na Copa Libertadores, torneio pelo qual a equipe entra em campo nesta quarta-feira (2), contra o Independiente, em Itaquera.

Sem o experiente volante Ralf, 33, que lesionou o ombro esquerdo, e o lateral direito Fagner, 28, também fora com uma lesão muscular na coxa direita, Balbuena tem ainda mais responsabilidade sobre a equipe que vai encarar os argentinos.

A faixa de capitão não é uma novidade para Fabián Balbuena
A faixa de capitão não é uma novidade para Fabián Balbuena - Rodrigo Gazzanel / Ag. Corinthians

O fato de falar espanhol para conversar com os árbitros pesou na escolha da faixa. Ele já havia sido capitão nos jogos da Copa Sul-Americana do ano passado.

"Balbuena exerce uma liderança sem gritar, sem gestos exagerados. É um jogador regular e que passa segurança para todo o time", afirmou Fábio Carille.

As características de liderança e trabalho duro foram aperfeiçoadas nesta passagem pelo Corinthians. Ainda jovem, o zagueiro já demonstrava traços dessa postura, segundo quem conviveu com ele.

Com apenas 19 anos, foi capitão do modesto Cerro Porteño de Presidente Franco, interior do Paraguai, que subiu à primeira divisão local em 2011.

"Sempre foi um cara preocupado com o bem estar dos companheiros. No vestiário era assim: primeiro o companheiro e depois ele", diz à Folha Rogerio Leitchweiss, companheiro de Balbuena no Cerro e com passagem pelo Guarani de Campinas.

"Começou jogando comigo na defesa muito jovem. Era exemplar, chegando cedo aos treinos. Muito responsável fora e dentro do campo. Cada partida jogava o máximo para ganhar", conta Ricardo Caballero, ex-companheiro de zaga do corintiano no Cerro.

Outra característica no jogo do defensor corintiano é a facilidade para ir à frente e fazer gols. Desde que chegou ao time alvinegro marcou 11 vezes.

"Ele [Balbuena] sempre foi excelente nas duas áreas, tanto defendendo como atacando. Tem um jogo aéreo muito bom", afirma Eduardo Rivera, que foi seu treinador no time de Presidente Franco.

Balbuena poderá ser o homem a erguer a taça da Copa Libertadores. Para isso, tem a confiança de Carille e do grupo. E o apoio de milhões que sonham com o bicampeonato da América.

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