Chamada de "Meca da marcha atlética" pela IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo), a cidade de Saransk viu sua reputação esportiva ser manchada pelo escândalo de doping russo.
Quando assunto é o Mundial de futebol, muito trabalho precisou ser feito para que essa pequena cidade russa, que ocupa apenas a 62ª no ranking de municípios por população, ficasse pronta para receber quatro jogos do torneio.
Toda uma nova infraestrutura teve de ser construída.
O aeroporto local ficou fechado por mais de um ano --entre o fim de 2016 e o começo de 2018 para reconstrução que consumiu cerca de 5 bilhões de rublos (cerca de R$ 300 milhões). Diariamente, opera seis voos, todos de ida e volta para Moscou e tem capacidade para receber 300 passageiros por hora.
Na Copa, esse número subirá para 600 utilizando um terminal temporário. A ideia das autoridades é mantê-lo ativo para sempre para que o aeroporto não perca o status de internacional.
Hotéis também precisaram ser erguidos para abrigar as seleções participantes, jornalistas e torcedores. São sete novos locais de acomodação, sendo quatro deles em um mesmo complexo.
Um estádio teve de ser levantado do zero. A Arena Mordovia, com capacidade para 44 mil espectadores --14% da população de Saransk-- foi erguida a um custo de 15,8 bilhões de rublos (aproximadamente R$ 918 milhões).
A principal seleção a atuar lá será Portugal, do atacante Cristiano Ronaldo, em duelo com o Irã. Após o Mundial, o estádio será utilizado pela equipe local, o Mordovia FC.
"Para cidades pequenas é muito difícil organizar uma Copa do Mundo. Tivemos de fazer toda uma nova infraestrutura. Mas estamos orgulhosos do que conseguimos. Há também um impacto nas pessoas.
Aumenta a autoestima da nossa população. E com certeza é uma maneira para atrairmos mais turistas no futuro", afirmou o prefeito de Saransk, Piotr Tultaiev.
O repórter viajou a convite do comitê organizador da Copa do Mundo
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