Descrição de chapéu campeonato brasileiro

Times querem empresa para vender Campeonato Brasileiro no exterior

Clubes se reuniram no Rio de Janeiro para definir comercialização de jogos fora do Brasil

Alex Sabino Diego Garcia
São Paulo

Em reunião na última sexta (4), no Rio de Janeiro, os clubes da Série A definiram como será o modelo de venda de jogos para o exterior do Brasileiro a partir de 2019.

Ficou definido que um grupo de trabalho composto por presidentes das agremiações e diretores da CBF vai selecionar uma empresa especializada. Esta será responsável por fazer a negociação da venda das partidas. O dinheiro arrecadado será divido em partes iguais entre as equipes. 

Diretor de direitos de transmissão da Globo, Fernando Manuel Pinto negociou contrato que libera clubes da Série A a venderem seus jogos no exterior
Diretor de direitos de transmissão da Globo, Fernando Manuel Pinto negociou contrato que libera clubes da Série A a venderem seus jogos no exterior - Ricardo Borges/Folhapress

A informação foi confirmada à Folha por dois dirigentes que participaram das conversas.

É uma fórmula parecida com a utilizada pelo Clube dos 13, que acabou em 2011 por divergência entre seus integrantes na forma de negociar os direitos de transmissão com a Globo. Desde então, cada clube trata individualmente com a emissora, mas isso apenas em teoria.

Até a entrada da Turner (dona do Esporte Interativo) no mercado, a empresa era hegemônica em todas as plataformas: TV aberta, fechada e pay-per-view. A companhia também vendia as partidas para o exterior usando a estrutura da Globo Internacional. 

O contrato do Grupo Globo com os clubes entre 2019 e 2024 estipula que a exploração dos jogos no exterior pertence aos clubes. Mas a emissora continua com o direito de exibi-los em outros países em suas plataformas. 

“As proponentes [Grupo Globo] concordam em disponibilizar para o clube o sinal básico, sem narração ou comentários, dos jogos do clube que elas vierem a produzir, para que o clube os explore tão somente no exterior, em plataformas próprias, desde que o clube utilize tecnologia de 'geoblocking' para evitar o acesso no Brasil de tais imagens”, diz o contrato.

As equipes têm a possibilidade de montar um serviço, pela internet, de transmissão das partidas e negociá-las no exterior, além da exibição na TV.

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