Descrição de chapéu Copa do Mundo

Chefe dos árbitros na Uefa e na Fifa defende VAR na Copa e o teme na Europa

Ex-juiz preside a comissão de arbitragem da federação internacional, que organiza o Mundial

Fábio Aleixo
Moscou

Responsável por presidir a Comissão de Arbitragem da Fifa, o italiano Pierluigi Collina, 58, trabalhou em duas Copas do Mundo em sua carreira, em 1998 e 2002. Nesta última atuou na final, na qual o Brasil derrotou a Alemanha por 2 a 0.

Conhecido pela sua careca devido a alopécia, já foi apelidado de Kojak. Também é tido como um dos melhores árbitros da história e ganhou por seis vezes consecutivas o prêmio anual oferecido pela Fifa.

O árbitro italiano Pierluigi Collina em ação durante partida pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo de 2002, entre Turquia e Japão
O árbitro italiano Pierluigi Collina em ação durante partida pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo de 2002, entre Turquia e Japão - Kai Pfaffenbach - 18.jun.2002/Reuters

Uma das caras mais famosas do futebol mundial, estrelou diversos comerciais durante a Copa do Mundo de 2006, os mais populares da Mastercard e Adidas, estas duas patrocinadoras da Fifa na época.

Collina vive uma situação conflituosa no momento. 

Ele trabalha na Fifa que é uma das grandes defensoras do sistema de VAR (árbitro de vídeo) e também é chefe da arbitragem da Uefa, entidade que controla o futebol europeu e já se mostrou diversas vezes contrária à tecnologia, inclusive negando a implantação na próxima temporada da Liga dos Campeões.

Em todos as suas falas na Rússia tem defendido o uso da tecnologia, como fez mais uma vez na sexta-feira (29), em Moscou.

"Tudo tem ido muito bem até agora. Estamos satisfeitos", disse.

Em maio, como representante da Uefa, foi questionado sobre isso antes da final da Liga dos Campeões e adotou outro discurso.

"Vamos trabalhar e estudar todos os detalhes, mas isso leva tempo. A liga com a maior receita do mundo [a Premier League, da Inglaterra] quer ter certeza antes de começar com o VAR. Conosco é a mesma coisa", disse ao jornal The Telegraph.

 

O italiano também adota uma postura de ataque quando contestado em suas entrevistas. Isso aconteceu ao menos em duas oportunidades na entrevista coletiva desta sexta-feira (29). 

Em uma delas quando questionado pela Folha o porquê de os árbitros não estarem dando cartões amarelos para atletas que fazem o gesto de um monitor para pedir a revisão do VAR. Antes do torneio, havia sido dito que era passível de punição.

"Isso é algo que te incomoda?", retrucou antes de dar a sua explicação.

Além de Collina, trabalham na comissão de arbitragem o diretor Massimo Busacca e o responsável por supervisionar a implantação do VAR, Roberto Rosetti. Ambos são ex-árbitros.

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