Na cidade de Sacile (a 458 km de Roma), Giuliano Poser, 60, corre 20 km todos os finais de semana pela região montanhosa de Friulli, no norte da Itália, onde mora. Questão de coerência. Alguém que diz todos os dias como os outros devem se comportar para serem saudáveis não pode ficar gordo.

Em maio, um carro parou em frente ao consultório do nutricionista e especialista em cinesiologia, no município de 20 mil pessoas.

Lionel Messi desceu do veículo e foi ao encontro do profissional de saúde do qual é paciente desde 2014.

“Ele teve consciência de que com o passar do tempo ficaria cada vez mais difícil se manter no mesmo nível físico que tinha antes. Ele estava disposto a fazer alguns sacrifícios para se manter no topo”, disse o médico.

Messi procurou Poser pela primeira vez após conselho do zagueiro argentino Martín Demichelis, que já foi seu paciente. 

Na primeira consulta, explicou ao atacante argentino que o corpo de um atleta, a partir dos 25 anos, começa a acumular toxinas e que seria necessário tomar maior cuidado com a alimentação.

Ele parou de ir ao restaurante perto de sua casa em Barcelona, onde pedia sempre o mesmo prato: assado de tiras (corte argentino de costela), feito na churrasqueira.

Nutricionista há mais de 30 anos, Poser é adepto da cinesiologia, que analisa os movimentos do corpo humano e tenta extrair o máximo de potência de cada músculo.

Se em 15 de julho, em Moscou, Lionel Messi levantar a taça da Copa do Mundo da Rússia, os quilos de churrasco que deixou de consumir nos últimos quatro anos terão valido a pena.