O Paulistano é o campeão da temporada 2017/18 do NBB (Novo Basquete Brasil). Neste sábado (2), a equipe venceu Mogi das Cruzes por 82 a 76, fechou a série decisiva em 3 a 1 e chegou ao título inédito da competição.
O armador Yago, com 21 pontos, e o ala-pivô Lucas Dias, com 20 (nove no último período), foram os destaques do Paulistano na partida. O cestinha do jogo foi o ala Jimmy, do Mogi, mas seus 28 pontos não bastaram para forçar um quinto jogo.
A vitória na casa do adversário, com mais de 5.000 pessoas incentivando o Mogi no ginásio Hugo Ramos, coroa a campanha feita pelo Paulistano desde a primeira fase, quando obteve 22 vitórias consecutivas e fechou na segunda posição, atrás apenas do Flamengo —eliminado pelo Mogi nas semifinais.
Nos playoffs, o time da capital passou por Basquete Cearense e Bauru antes de chegar à terceira decisão em cinco anos. Nas outras vezes, perdeu para Flamengo (2014) e Bauru (2017).
Até então, apenas três times haviam vencido o NBB: Flamengo (cinco vezes), Brasília (três) e Bauru (uma). Ao entrar na elite do basquete nacional, o Paulistano também faz triunfar a proposta de jogo do técnico Gustavo de Conti para esta temporada.
Gustavinho, como é conhecido, mudou radicalmente o estilo da equipe em relação ao ano anterior. A aposta em velocidade e muitos arremessos de três pontos, mas sem descuidar da defesa, se mostrou plástica e eficiente.
O estilo lembra o adotado por Golden State Warriors e Houston Rockets, finalistas da Conferência Oeste da NBA.
O treinador afirma que a mudança de um ano para o outro foi arriscada, mas favoreceu atletas com características ofensivas.
"Minhas equipes nunca jogaram desse jeito, mas vejo muito basquete internacional e as equipes de sucesso estão jogando assim. Todos gostam muito mais de atacar do que de defender. Esse estilo de jogo passa confiança para os jogadores", disse Gustavinho à Folha no início de maio.
O armador Elinho e o ala-armador Deryk foram alguns dos que aproveitaram essa forma de jogar e se destacaram pela equipe nesta temporada. O grande nome das finais, porém, foi o pivô Guilherme Hubner, eleito o MVP da decisão com médias de 11,7 pontos e 6,2 rebotes.
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