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Planejado em 2016 com o objetivo de ser usado na Copa do Mundo como alternativa ao trânsito de torcedores, um teleférico que liga o estádio Lujniki com a Vorobiovi Gori --uma colina que fica do outro lado do rio Moscou e é sede da Fan Fest da Fifa-- só será inaugurado após o término do torneio.

A obra, cujo valor não foi divulgado pelas autoridades, está pronta desde o mês passado após pouco mais de dez meses de construção.

A inauguração foi adiada por motivos de segurança.

"Todo o trabalho para a construção está finalizado, mas sua operação não foi permitida por medidas de segurança. Isso porque a estação fica localizada dentro do perímetro de segurança, onde os convidados da área VIP, incluindo os chefes de Estado, chegam ao Lujniki", informou a administração municipal por meio de nota.

Com capacidade para transportar até 1.600 pessoas por hora, o teleférico tornará mais fácil a vida do cidadão moscovita e também será um novo ponto turístico para a cidade, com uma bela vista aérea da capital.

Serão dois tipos de bilhete. Para quem o usar sempre e for morador da cidade, haverá uma tarifa especial com desconto. Já para turistas, custara entre 400 e 450 rublos (entre R$ 24 e R$ 27) para uma viagem de ida de volta.

Atualmente, são duas as formas de chegar do Lujniki à plataforma de observação de Vorobiovi Gori.

Uma delas é a pé, com uma caminhada de cerca de 2,7 quilômetros pelo meio de um parque com subidas íngremes. É possível fazer o percurso em 40 minutos.

A alternativa é ir de metrô até a estação Universitet --que serve a Universidade Estatal de Moscou-- e andar 2,5 quilômetros, totalizando quase 40 minutos.

Com o teleférico em funcionamento, o tempo será reduzido a apenas cinco minutos, em um trajeto de 700 metros.

Sem, o estádio é servido por duas estações de metrô que ficam bem na porta. São elas a Sportivnaia e a Vorobiovi Gori. Também há uma estação de trem chamada Lujniki.

GOVERNO INVESTIU R$ 38 BI

Em Moscou, adaptações e melhorias foram feitas para a Copa e ficarão de legado para a população e futuros turistas. Nas estações centrais do metrô, praticamente toda a sinalização agora é bilíngue, em russo e inglês, assim como nos vagões das composições.

O aeroporto de Sheremetievo ganhou um novo terminal para voos domésticos, totalizando agora cinco em operação. Um trem ligando eles também foi posto em funcionamento.

Em outras cidades, como Nijni Novgorod e São Petersburgo, estações de metrô foram abertas perto das arenas.

Em Saransk, quatro hotéis foram erguidos e depois virarão flats para serem comercializados para a população. Um novo aeroporto foi inaugurado, assim como em Rostov, enquanto outros foram revitalizados, deixando para trás a aura soviética que ainda tinham.

Estações de trem por todo o país foram reformadas e ampliadas para dar conta do fluxo de turistas que utilizam os mais de 700 trens grátis oferecidos pela organização entre as 11 cidades-sede.

Dos 683 bilhões de rublos (R$ 38,4 bilhões) do orçamento divulgado pelo governo em 25 de abril, 288 bilhões (R$ 12,8 bilhões) foram destinados apenas para a infraestrutura de transporte.

A Copa do Mundo foi um projeto de Estado, capitaneado pelo presidente Vladimir Putin para mostrar a Rússia como uma potência e um país hospitaleiro. Até agora, tudo saiu dentro do planejado, sem maiores contratempos na organização do evento.

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