Descrição de chapéu Copa do Mundo

Algoz e fã do Brasil, Henry vira professor de artilheiro belga na Copa

Ex-atacante francês é auxiliar técnico da Bélgica no Mundial da Rússia

Thierry Henry, auxiliar técnico da Bélgica, após partida contra o Japão
Thierry Henry, auxiliar técnico da Bélgica, após partida contra o Japão - Odd Andersen - 2.jul.18/AFP
São Paulo

Na partida contra a Bélgica na próxima na sexta (6), às 15h, em Kazan, o Brasil terá o seu maior desafio até o momento na Copa. Para chegar na semifinal, precisará superar o melhor ataque do torneio. O jogo marca também um reencontro com um carrasco da seleção: Thierry Henry.

O francês, autor do gol que eliminou a seleção brasileira nas quartas de final do Mundial de 2006, pendurou as chuteiras em 2014 e hoje, aos 40 anos, é auxiliar do técnico espanhol Roberto Martinez, comandante dos belgas.

“A convivência com ele [Henry] foi excelente, pois é um cara fantástico e foi um jogador extraordinário”, disse o ex-volante da seleção à Folha.

Henry foi eleito duas vezes o segundo melhor jogador do mundo (2003 e 2004), atrás do compatriota Zidane e de Ronaldinho, respectivamente.

Na partida de sexta-feira, em Kazan, Henry terá pelo lado brasileiro outro velho conhecido dos tempos de Inglaterra: Edu Gaspar, coordenador de seleções da CBF.

O dirigente da seleção atuou no Arsenal de 2001 a 2005, onde foi companheiro do ex-craque francês. No entanto, a relação entre os dois não foi tão harmoniosa num primeiro momento.

“Ele é um cara de uma personalidade muito forte, competitivo, que não gostava de perder. Teve um dia que tomamos um gol com uma falta minha. Nessa falta, o cara empatou jogo em 1 a 1. O Henry chegou no vestiário e começou a reclamar e olhava pra mim. Eu não falava inglês, muito menos francês na época, contou ao canal Desimpedidos, do Youtube, em 2016.

O incidente gerou uma série de rusgas entre os dois nos treinamentos. O agora homem forte do futebol do Brasil conta que “chegava junto” no craque para tentar ganhar o respeito dele, que não deixava por menos e revidada.

Segundo Gaspar, as brigas só cessaram quando o então técnico Arsène Wenger interveio e disse que os dois se matariam um dia, caso seguissem naquele clima.

Depois disso, Henry o convidou para jantar em sua casa, quando ambos se desculparam.

Na disputa pela vaga na semifinal, Henry estará no banco, e a defesa brasileira, que sofreu apenas um gol nesta Copa, terá a missão de impedir que haja um sucessor do francês no papel de carrasco.

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