Descrição de chapéu
Copa do Mundo

Breve festa de encerramento com Ronaldinho surpreende e empolga o público

Curto show antecedeu vitória da França sobre a Croácia, em Moscou

Carlos Maranhão
Moscou

Na Olimpíada, há dois eventos únicos mais esperados do que a maioria das competições: as cerimônias de abertura e encerramento, com ingressos caros e disputados.

Em vez de briga por medalhas ou a busca de um novo recorde, essas festas são majestosos espetáculos cuidadosamente planejados para encantar o público presente e milhões de telespectadores do mundo inteiro.

Algumas vezes, como aconteceu em Moscou nos Jogos de 1980, suas lembranças permanecem vivas por décadas a fio. Nenhuma imagem da celebração final tornou-se mais duradoura na memória internacional do que as lágrimas do ursinho Misha, criadas com os impecáveis painéis nas arquibancadas do antigo Estádio Central Lênin, que seria inteiramente reformado para se transformar no Luzhniki, palco da decisão de domingo.

Na Copa, a festa de despedida é apenas uma introdução em geral sem maior graça do que realmente interessa para qualquer torcedor: a finalíssima do Mundial.

Desta vez. porém, houve uma surpresa. O curto e alegre show que antecedeu a última e mais esperada das 64 partidas da Copa empolgou durante cerca de 15 minutos o público de 78 011 pessoas.

Depois dos fogos, coreografias quase impecáveis e o tema do Mundial “Live it up” apresentado pela dupla Nicky Jam e Era Isfreti, a jovem soprano Aida Garifullina arrancou aplausos e emocionou grande parte da plateia ao cantar “Kalinka”.

Nada tão russo como essa canção do século 19, em que Garifullina, no irresistível crescendo que caracteriza a música, foi acompanhada pelo mascote Zabivaka, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho tocando bongô cheio de ritmo – balada é com ele mesmo – e um belo coro de crianças.

Naquele momento, menos de duas horas antes da conquista francesa, a impecável Copa do Mundo realizada pela Rússia começava a deixar saudades.

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