A Croácia faz apenas a sua quinta participação em Copas do Mundo. Mas pela terceira vez terá a oportunidade de enfrentar a seleção anfitriã. Nas duas outras, saiu de campo derrotada.
O primeiro duelo com o time da casa foi em 1998. Na semifinal, enfrentou a França e acabou levando a virada por 2 a 1. Foi a melhor participação na história, encerrada com uma vitória sobre a Holanda por 2 a 1 e a conquista da terceira colocação.
A outra foi em 2014, no Brasil. Na partida de abertura do Mundial, em São Paulo, também sofreu a virada da seleção e caiu por 3 a 1. O resultado teve forte peso na eliminação ainda na fase de grupos.
O meia Ivan Rakitic, 30, estava em campo neste último jogo. Em 1998, era uma criança de 10 anos. “Será uma ocasião especial enfrentar os donos da casa aqui, assim como foi contra o Brasil em 2014. Temos de aproveitar cada minuto e tentar ir longe neste torneio”, diz o atleta do Barcelona.
O técnico Zlatko Dalic também sabe que quase todos os 44.287 torcedores presentes no estádio Olímpico de Sochi estarão contra a sua seleção. Mas isso não o preocupa.
“Não podemos escolher oponente. Estamos encarando um grande jogo e todos os nossos jogadores estão acostumados a cada semana jogar em estádios cheios, muitas vezes com todos contra”, disse.
“Temos grande respeito pela Rússia. Chegaram entre os oito melhores e não é à toa. Haverá muita coisa em jogo para os dois times”, afirmou.
Em termos de preparação, a Croácia pode ter uma vantagem sobre a Rússia. Logo após eliminar a Dinamarca, no último domingo (1º), a equipe viajou diretamente para Sochi, sem retornar a sua base, em São Petersburgo.
Desde segunda-feira (2) foram cinco dias de treino na cidade, o último deles na noite de sexta-feira (6), em um clima abafado após uma forte chuva no período da tarde.
Foi estratégia adotada para se adaptar ao calor e à umidade da cidade litorânea, que nesta época pode ter temperaturas até 15ºC mais quentes do que São Petersburgo.
Neste sábado (7), por exemplo, Sochi terá temperatura máxima de 26ºC, contra 18ºC esperados onde os croatas tinham a concentração.
“Foi uma boa decisão para estar aclimatados. As condições são muito diferentes. Muito mais úmido e quente. Além disso, evitamos aquele desgaste de viajar na véspera da partida”, disse Dalic.
A Rússia, por exemplo, só chegou a Sochi no fim da quinta-feira. Passou a semana toda treinando em seu centro de treinamentos na capital Moscou. Só na sexta se preparou no palco das quartas de final.
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