Traduzido por "Vovô Gelo", Ded Moróz é a versão russa do Papai Noel. Como o bom velhinho adotado no Ocidente, tem barba branca e traz presentes às crianças. Seus trajes, porém, diferem do Papai Noel, e a ocasião de sua visita aos lares é o Ano-Novo.
Como quase tudo na Rússia que tem estilo ocidental, a tradição de festejar o Natal com pinheiros e trocas de presentes teria começado com o czar Pedro, o Grande (1672-1725), que reinou de 1682 até o ano de 1721.
Durante a União Soviética, o Natal foi proibido, em 1929, no âmbito de uma ofensiva contra a religião e, a partir de 1935, sua simbologia —incluindo pinheiros e os presentes trazidos pelo Ded Moróz— foi transferida para a celebração do Ano-Novo.
Na Rússia pós-soviética, a partir de 1991, essa tradição continua: o Ano-Novo é celebrado como se fosse o Natal ocidental, e os primeiros dias do ano, entre 1º e 8 de janeiro, são um grande feriado prolongado.
Em sua representação clássica, Ded Moróz aparece vestido com um casaco de peles, cuja cor pode variar: azul, branco ou vermelho.
Ele empunha um báculo, calça válenki (botas de feltro), e anda em uma troica puxada não por renas, mas por cavalos. Em sua tarefa de distribuição de presentes, é auxiliado pela neta, a pequena Snegúrotchka (Menina da Neve).
Em 1998, o então prefeito de Moscou, Iúri Lujkov, designou Velíki Ustiug, cidade com pouco mais de 30 mil habitantes, localizada 755 quilômetros a nordeste da capital russa, na região de Vólogda, como o lar oficial de Ded Moróz.
Desde então, sua casa passou a receber cerca de 200 mil visitantes por ano.
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