Com a Revolução de 1917, a Rússia precisou ser reinventada. Embora alguns órgãos czaristas ainda atuassem no início dos anos 1920, o Estado proletário, sem demora, fez reformas institucionais em todas as esferas, incluindo a educacional, com mudanças nos quadros curriculares e novas revistas, editoras, bibliotecas etc.
Além de alfabetização em massa (em 1897, 28% da população russa sabia ler e escrever e, em 1939, 87%, segundo estatística oficial), criaram três organizações juvenis que se tornaram emblemáticas. A primeira foi instituída em 1918, o Komsomol, acrônimo de Kommunistítcheskii soiuz molodioji (Organização da Juventude Comunista), e aceitava jovens de 14 a 28 anos.
Algo similar à nossa UNE (União Nacional dos Estudantes), o Komsomol criou personalidades como Leonid Brejnev, que liderou o país entre 1964 e 1982. Após a criação da URSS, em 1922, surgiram o Pequeno Outubrista (Oktiabriónok), com crianças de 7 a 9 anos que atavam à roupa uma estrela de cinco pontas com a imagem do pequeno Lênin, e a Organização Pioneira Lênin de Toda a União.
Em algumas atividades, os Pioneiros, de 9 a 14 anos, lembravam os escoteiros. Essas organizações, com regras e condecorações próprias, transmitiam valores que estimulassem a coletividade.
Certamente os acampamentos onde os Pioneiros passavam as férias estão cravados, por bem ou por mal, na memória de quem cresceu na URSS, assim como as revistas criadas para eles, como O pioneiro (Pionier), que chegou à tiragem de 1,5 milhão de exemplares em meados de 1970, e Murzilka --fundadas em 1924, ambas continuam em atividade.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.