Herói da classificação da Croácia para a final da Copa do Mundo, Mario Mandzukic, 32, virou vilão neste domingo (15) ao marcar, contra, o primeiro gol da França na decisão. E entrou para a história.
Foi o primeiro gol contra em uma final de Copa do Mundo. Foi a 53ª vez que um jogador marcou em sua própria seleção desde 1930, quando aconteceu a primeira edição do torneio. Em 2018, foram 12 gols contra no Mundial da Rússia.
Cabisbaixo, o centroavante deixou o estádio Lujniki sem conversar com os jornalistas.
Modric minimizou o gol contra de Mandzukic. Preferiu falar sobre a falta cavada por Griezmann que originou o lance, quando Brozovic dividiu com o atacante francês, que se jogou chão.
"Me disseram que não foi falta. Mas não gosto de falar de arbitragem, pois não se pode mudar o que passou", disse.
Griezmann bateu a falta na área, a bola desviou de leve na cabeça de Mandzukic e matou o goleiro Subasic no lance.
"Quando se perde não é fácil, mas estamos orgulhosos, saímos com a cabeça erguida, demos tudo de nós e deixamos no campo tudo o que tínhamos", continuou Modric.
Apesar do gol contra, Mandzukic tentou dar a volta por cima ainda em campo. Ele fez o segundo de seu país, quando a França já vencia por 4 a 1. Aproveitou um erro do goleiro Lloris, que tentava sair jogando com os pés e lhe roubou a bola para marcar.
O camisa 17 da Croácia encerrou a Copa com três gols em seis partidas --ele ficou fora do duelo contra a Islândia, ainda na primeira fase.
Vice-campeã, a Croácia fez sua melhor participação em um Mundiais, superando o terceiro lugar na edição de 1998 da competição. Naquela ocasião, o algoz também foi a França, mas na fase semifinal.
O centroavante croata naquele jogo era Davor Suker, hoje presidente da Federação Croata de Futebol. Ele elogiou a postura de sua seleção durante todo o torneio.
"Jogamos três partidas de 120 minutos e duas disputas de pênaltis, é como uma partida a mais. Mesmo assim, os jogadores deram tudo", disse.
Após a derrota, a Croácia foi parabenizada no vestiário pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, pelo presidente da França, Emmanuel Macron, e também pela presidente croata, Kolinda Grabar-Kitarovic.
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