O ex-lateral Roberto Carlos, 45, campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002, pode se tornar diretor de futebol profissional do Sporting (POR) caso Rui Jorge Rego, candidato à presidência do clube, vença o pleito em 8 de setembro.

Após deixar os gramados, o ex-atleta atuou como técnico e dirigente em alguns clubes, como Anzhi (RUS), Sivasspor (TUR), Akhisar (TUR), Delhi Dynamos (IND), South Melbourne (AUS) e Real Madrid (ESP).

"O Rui me chamou, e a ideia é fazer algo semelhante com o que tem no Real Madrid, tanto para o time principal, quanto para as canteiras [categorias de base]. Vamos reorganizar toda a estrutura do Sporting, trazer patrocínios e contratar grandes jogadores. Queremos ser o maior clube de Portugal, uma referência na Europa, disse Roberto Carlos à Folha.

O ex-camisa 6 da seleção brasileira diz que usará a experiência da empresa que o representa, a Entourage Sports & Entertainment, especializada em patrocínio e consultoria esportiva, para ajudar nesse processo de reformulação da agremiação.

"Nós trabalhamos com investidores chineses, brasileiros e árabes, por exemplo. Vamos implantar uma mentalidade ganhadora", afirma.

Questionado sobre se tem intenção de atuar como dirigente no futebol brasileiro, Roberto Carlos disse que pretende levar o trabalho que será feito em Portugal e implantá-lo no Brasil em uma "oportunidade futura".

O presidenciável Rui Jorge Rego terá a concorrência de outros seis candidatos na eleição do próximo mês. Os demais candidatos são João Benedito, José Maria Ricciardi, Pedro Madeira Rodrigues, Frederico Varandas, Dias Ferreira e Fernando Tavares Pereira. 

Além de Roberto Carlos, outro grande nome do esporte está envolvido no pleito do Sporting. O ex-goleiro dinamarquês Peter Schmeichel, 54, integrará o departamento de futebol do clube caso João Benedito chegue à Presidência.

O clube português vive enorme crise política em 2018. Bruno de Carvalho, ex-presidente do time, foi destituído do cargo em 25 de junho, após assembleia geral. Além disso, nove jogadores rescindiram contrato unilateralmente com a equipe, entre eles o goleiro da seleção portuguesa na última Copa, Rui Patrício, e o artilheiro holandês Bas Dost.

O caos na agremiação portuguesa chegou ao seu auge em 15 de maio, quando cerca de 50 torcedores —muitos deles encapuzados— invadiram o centro de treinamento do Sporting e agrediram jogadores e membros da comissão técnica.