Com a assinatura de Felipão, Palmeiras abre vantagem na Libertadores

Sem sofrer na defesa, equipe brasileira vence o Cerro no Paraguai por 2 a 0

Luiz Felipe Scolari comanda o time do Palmeiras, pela Libertadores, no Paraguai
Luiz Felipe Scolari comanda o time do Palmeiras, pela Libertadores, no Paraguai - Norberto Duarte/AFP

Se Scolari veio para o Palmeiras para implementar seu estilo copeiro e montar um time antes de mais nada seguro na defesa, que não dá chances ao adversário, a missão foi cumprida ao menos na estreia dele na Libertadores.

Sem sofrer contra o Cerro Porteño, equipe sem criatividade no meio-campo, o Palmeiras venceu por 2 a 0 no Paraguai.

Depois de um primeiro tempo em que não foi atacado, mas que também não foi agressivo, um gol aos dois minutos da etapa final mudou por completo o cenário da partida.

Como também é praxe dos times de Felipão, a bola parada não poderia faltar.

Dudu bateu falta na área. A zaga adversária se atrapalhou e a bola sobrou para Borja. O atacante colombiano, em jogada de oportunismo, abriu o placar para o time brasileiro.

Durante todo os 90 minutos da partida no Paraguai, a assinatura de Felipão esteve presente principalmente na parte defensiva. O Palmeiras não sofreu nenhum lance de perigo em sua própria área. 

Outro item tradicional nos times do treinador esteve presente no gramado paraguaio: os dois volantes de marcação.

Felipe Melo e seu estilo sempre briguento foi escalado ao lado de Bruno Henrique. À frente deles, centralizado entre Hyoran (direita) e Dudu (esquerda) o meia Moisés.

Coube ao volante mais adiantado armar o segundo gol da partida.

Depois de uma arrancada pelo lado esquerdo do campo, a bola chegou rápido ao ataque. Dentro da área, Moisés dominou um rebote do goleiro, limpou o lance e rolou para Borja ampliar. 

Foi o oitavo gol do atacante na Libertadores. Borja é o vice-artilheiro da competição, com um gol a menos que o também colombiano Morelos, do Independiente Santa Fé.

Se Felipão gosta de uma espinha dorsal forte nas suas equipes, e ela começa na zaga, passa pelos volantes e chega ao ataque, os gols de Borja ratificam que ele deverá ser o autêntico centroavante que o treinador precisa.

"O Borja é isso. Ele precisa fazer principalmente como no segundo tempo, rodar. Sair para os lados, para confundir a marcação", afirmou Scolari após o jogo.

Segundo o treinador, ele aprendeu a trabalhar com centroavantes com características mais móveis.

"No Palmeiras [em 1999] nós tínhamos o Oséas. No Grêmio [também nos 90], o Jardel. Mas o Borja tem um estilo diferente", afirmou.

O Palmeiras decidirá a vaga para as quartas de final da Libertadores diante de sua torcida, no dia 30 de agosto, em São Paulo. A equipe brasileira pode perder por um gol de diferença, que estará classificado.

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