Após recurso apresentado pelo Santos, a Conmebol decidiu que o uruguaio Carlos Sánchez está liberado para enfrentar o Independiente nesta terça (28), pela partida de volta das oitavas de final da Copa Libertadores.
O confronto está marcado para às 19h30, no Pacaembu.
A entidade sul-americana entendeu que se o Santos foi punido com a perda dos pontos do primeiro jogo, a suspensão do jogador tem de ser dada como cumprida. Isso estaria de acordo com o que determina a Fifa.
Na manhã desta terça, a organizadora da Libertadores decidiu que o time brasileiro perdeu a primeira partida das oitavas por 3 a 0 por ter escalado Sánchez de forma irregular. Em campo, o confronto havia terminado empatado em 0 a 0. Ele teria uma partida para cumprir por ter recebido cartão vermelho quando atuava pelo River Plate (ARG), nas semifinais da Copa Sul-Americana de 2015.
A resolução tornou mais difícil a classificação santista. Após o empate em Buenos Aires, a equipe precisava de vitória por qualquer placar para avançar às quartas de final. Mas vai entrar em campo necessitando ganhar por quatro gols de diferença. Se fizer 3 a 0, a decisão será nos pênaltis. Qualquer outro placar dá a classificação para o Independiente.
Mario Bittencourt, advogado contratado pelo Santos para fazer a defesa do clube para a Conmebol, afirma que será apresentado recurso ao tribunal de apelações da entidade. É pouco provável que consiga reverter a situação, mas é um passo necessário para depois apelar para a CAS (Corte de Arbitragem do Esporte).
Um eventual recurso ao CAS não tem prazo para uma resposta, o que criaria um impasse jurídico, já que a Conmebol continuaria em andamento. Há a possibilidade de que, em caso de decisão favorável ao Santos, a corte determine que a Conmebol pague apenas uma multa.
Carlos Sanchez foi relacionado para a partida por Cuca mesmo antes da decisão sobre o placar final do primeiro jogo. O técnico não divulgou a escalação, mas o uruguaio tem sido titular.
Em 2015, Sanchez era titular do River Plate que perdeu a primeira partida das quartas de final, em casa, para o Cruzeiro. No confronto de volta, ele fez um dos gols no triunfo argentino por 3 a 0 no Mineirão e ajudou seu time a obter a classificação. O River acabou campeão da Libertadores daquele ano.
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