Em 1998, Felipão conquistava o tricampeonato da Copa do Brasil e o seu primeiro título no comando do Palmeiras com uma vitória sobre o Cruzeiro. Vinte anos depois, o adversário estará novamente no caminho da equipe alviverde e do treinador.
Desta vez, a partida será pela semifinal da competição. O time paulista garantiu vaga na próxima fase com um triunfo sobre o Bahia por 1 a 0, nesta quinta (16), no Pacaembu.
Os jogos estão marcados para os dias 12 e 26 de setembro. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) vai realizar o sorteio para definir o mando de campo na próxima quarta-feira (22). O outro duelo reunirá Corinthians e Flamengo.
O placar mínimo foi suficiente para o clube avançar na competição após o empate no jogo de ida por 0 a 0, realizado há 15 dias, em Salvador.
O histórico do confronto entre Palmeiras e Cruzeiro na Copa do Brasil não se resume apenas ao triunfo palmeirense por 2 a 0, em jogo realizado no Morumbi.
As duas equipes já se encontraram em quatro oportunidades no campeonato. Dois anos antes de o Palmeiras conquistar o título, o Cruzeiro foi campeão sobre o rival no antigo Palestra Itália.
Os times voltaram a se enfrentar no torneio em 2015, quando o clube paulista eliminou o adversário nas oitavas de final na caminhada rumo ao tricampeonato. O troco veio na temporada passada, e o time mineiro também terminou a campanha com a conquista do título.
O Palmeiras tem novamente no banco de reservas Felipão, o maior vencedor da Copa do Brasil, com quatro títulos.
Especialista em jogos eliminatórios, o treinador moldou o Palmeiras ao seu estilo em menos de 15 dias de trabalho. Em quatro jogos sob o seu comando, obteve três vitórias e um empate.
Com um futebol de muita marcação e aposta nas jogadas aéreas e nos contra-ataques, marcou quatro gols —média de um por partida. Ele ainda não viu sua defesa ser vazada pelos adversários.
A equipe alviverde não sofre gol há seis jogos. A última vez foi em 25 de julho, quando perdeu para o Fluminense por 1 a 0. O revés custou a demissão de Roger Machado.
“A gente vem trabalhando principalmente no setor de cobertura. Uma defesa que joga com boa cobertura pode ter uma falha, que o companheiro vai estar ali para ajudar. A defesa vem se portando muito bem. Futebol é muito simples, não tem nada de novidade”, afirmou Felipão.
Diante do Bahia, o treinador viu a equipe errar muitos passes até a metade do primeiro tempo e ainda tomar um grande susto, quando Edigar Junio acertou a trave. Gilberto pegou a sobra e chutou a bola nas costas do companheiro, com Weverton ainda caído.
O Palmeiras, porém, conseguiu controlar o jogo e criou pelo menos três excelentes oportunidades de gol dentro da grande área. Borja mandou para fora logo no início do jogo, enquanto Willian e Moisés pararam no goleiro Anderson.
Na etapa complementar, o camisa nove desperdiçou nova chance de frente com o goleiro do time baiano. Quando a torcida começava a ficar impaciente, Dudu fez de cabeça o gol da classificação.
O jogador não marcava desde 10 de junho, quando o Palmeiras empatou com o Ceará pelo Brasileiro por 2 a 2.
“Temos um ambiente muito bom com o Dudu e vinha cobrando para ele fazer um gol, e hoje foi o gol que nos colocou na semifinal”, disse Felipão sobre o comandado.
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