Corinthians volta a ter contas bloqueadas por dívida com empresa de marmitas

Clube havia feito acordo, mas deixou de pagar R$ 3,9 mil e voltou a ser cobrado na Justiça

Andrés Sanchez, presidente do Corinthians: clube deve R$ 3,9 mil a empresa de marmitas
Andrés Sanchez, presidente do Corinthians: clube deve R$ 3,9 mil a empresa de marmitas - Daniel Vorley/Agif
Alex Sabino Diego Garcia
São Paulo

A Justiça de São Paulo voltou a bloquear as contas do Corinthians por conta de uma dívida com a empresa Refine Comercial, que fornecia serviços de alimentação ao clube.
 
O Corinthians não pagou débito de R$ 3.900 com a empresa depois de ter feito acordo em janeiro para quitar R$ 130 mil em dívidas.
 
O valor se refere à correção monetária, já que o bloqueio foi feito no início do ano, mas o dinheiro só foi liberado em maio.
 
A empresa reclamou à Justiça que o time alvinegro ficou devendo essa diferença, e teve decisão favorável a bloquear novamente três contas bancárias do clube.

 

A Folha teve acesso ao processo e viu que o Corinthians tenta recursos para evitar o pagamento, mas a Justiça deu ganho de causa à Refine Comercial.
 
O advogado Diógenes Mello, que representa o clube, afirmou à reportagem que o Corinthians não concorda com a cobrança.
 
"Foi feito o pagamento, mas cobram uma diferença e estamos discutindo se o valor é devido ou não", disse Diógenes.
 
O advogado da empresa, Fernando Martinez, afirmou que está esperando a ação transitar em julgado para se pronunciar.
 
No processo, que corre na 5ª Vara Cível, do Foro regional do Tatuapé, teve o bloqueio no valor de R$ 3.907, tirados das contas do Corinthians pelo Banco Central e transferidos ao tribunal enquanto a questão é discutida.
 
O contrato entre as partes foi assinado em janeiro de 2015, pelo então presidente corintiano Mário Gobbi. A vigência era, inicialmente, de 24 meses.
 
Porém, oito meses depois, em agosto do mesmo ano, o acordo foi rescindido pelo então presidente, Roberto de Andrade, que não quis pagar a multa por quebra de contrato.
 
Em sua defesa, o clube alegou no processo que o Corpo de Bombeiros teria mandado desativar o restaurante em que a empresa operava.

Por outro lado, a Justiça entendeu que, com base no contrato, era obrigação do Corinthians fornecer local adequado para a prestação do serviço.
 
A Refine se identifica na ação como "empresa que tem por atividade econômica a exploração de restaurantes industriais, caracterizada pelo fornecimento de refeições para coletividades (empresas, hospitais, clubes etc.), havendo sido contratada pelo Corinthians para administrar seu restaurante e fornecer alimentação a seus empregados e demais comensais autorizados".
 
Enquanto contratada do clube, a empresa fornecia refeição para empregados do Parque São Jorge, sede do clube, e jogadores das categorias de base.

Em nota, o Corinthians afirma já ter quitado a dívida no dia 3 de agosto de 2018 e que atualmente não há bloqueio nas contas do clube.

A Folha possui a determinação do Banco Central, por ordem judicial, que bloqueou R$ 11.721,03 das contas do clube no dia 3 de agosto de 2018.

No dia 30, a juíza Márcia Cardoso determinou a retirada da quantia reclamada pela empresa, o que aconteceu no dia seguinte.

O dinheiro está em uma conta do Tribunal de Justiça até que o processo tenha um desfecho.

Leia abaixo a íntegra da nota do Corinthians: 

"O Sport Club Corinthians Paulista informa que os valores referidos na reportagem já foram pagos e não há nenhuma pendência entre o clube e a empresa Refine Comercial e Serviços Ltda, que fornecia alimentação aos funcionários e aos atletas. O saldo remanescente cobrado na referida ação, no valor de R$ 3.907,01, foi quitado no dia 03 de agosto de 2018. O Corinthians reitera que não há qualquer bloqueio judicial nas contas do clube."

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