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Cristiano Ronaldo e Real estreiam na Champions em caminhos separados

Atacante entra em campo pela Juventus e time espanhol tenta o quarto título consecutivo

São Paulo

A saída de Cristiano Ronaldo do Real Madrid fez até o sempre calado Lionel Messi falar. “Nunca pensei que isso poderia acontecer”, afirmou o craque do Barcelona.

Cristiano Ronaldo comemora seu primeiro gol com a camisa da Juventus, contra o Sassuolo, no domingo (16)
Cristiano Ronaldo comemora seu primeiro gol com a camisa da Juventus, contra o Sassuolo, no domingo (16) - Alberto Langria - 16.set.18/Xinhua

Campeões quatro vezes da Champions League nos últimos cinco anos, o português e o clube espanhol começam o torneio nesta quarta (19) em caminhos separados.

Cristiano Ronaldo foi para a Juventus com a missão de fazer o clube italiano voltar a vencer o torneio mais importante do continente pela primeira vez desde 1996.

O Real Madrid busca um feito nunca visto desde o final da década de 1950: ser campeão quatro vezes seguidas. A própria equipe espanhola detém o recorde de títulos consecutivos, com cinco de 1956 a 1960.
Juntos, Ronaldo e Real Madrid conquistaram o torneio em 2014, 2016, 2017 e 2018.

Nesta quarta, o atacante entra em campo pela Juventus contra o Valencia, pelo Grupo H. O Real Madrid inicia a defesa do título em casa, diante da Roma (ITA), pelo Grupo G.

O divórcio serviu para cortar uma relação que parecia desgastada. Cristiano Ronaldo mais de uma vez havia ameaçado deixar a Espanha. A última foi após a vitória sobre o Liverpool, na final da temporada passada. Serviu para trazer os refletores para o português após uma partida em que não brilhou e as atenções estavam sobre o galês Gareth Bale, autor de dois gols.

A surpresa não foi apenas Cristiano Ronaldo ter saído. O Real Madrid não fez nenhuma grande contratação para substituí-lo.

A principal aquisição foi o goleiro belga Thibaut Courtois por 39,3 milhões de euros (R$ 191,4 milhões). A base ofensiva é a mesma que ganhou o título na temporada passada (menos Ronaldo), incluindo o croata Luka Modric, melhor jogador da última Copa do Mundo, que chegou a dizer desejar ir para a Inter de Milão (ITA).

Na Juventus, Cristiano é o astro da companhia, como foi no Real Madrid. Nas primeiras 24 horas após o anúncio de sua contratação, o clube arrecadou US$ 60 milhões (R$ 246 milhões) com a venda de camisas como o número 7, usado pelo português.

A Juventus tem poucos títulos da mais importante competição europeia. Venceu em 1985 e 1996. Ninguém perdeu mais finais do que ela: sete vezes (1973, 1983, 1997, 1998, 2003, 2015 e 2017).

Foi para mudar isso que o atacante foi contratado por € 100 milhões (R$ 487 milhões). O jogador vai receber € 30 milhões por ano (R$ 146,1 milhões) sem contar participação em ações de marketing.

No último domingo (16), ele enfim marcou os primeiros gols pelo novo time. Fez os dois na vitória por 2 a 0 sobre a Sassuolo, pelo Italiano.

A liga italiana não será um grande desafio para Ronaldo. A Juventus venceu a Série A pelos últimos sete anos, fazendo prevalecer seu poderio ofensivo e aproveitando os problemas financeiros e técnicos de Inter de Milão e Milan.

Ele terá de vencer a Champions para ser tudo o que a Juventus espera. Para isso, talvez até tenha de superar o Real Madrid pelo caminho.

Não seria a primeira vez. Em 2013, fez dois gols no confronto contra o Manchester United (ING), clube que defendeu entre 2003 e 2009, nas oitavas.

Para acomodá-lo da melhor forma possível no ataque, a diretoria italiana despachou Gonzalo Higuaín para o Milan.

Fazer tudo o possível para deixar o português feliz (e fazendo gols) já foi também a prioridade do Real Madrid, que agora terá de ser campeão sem o maior artilheiro de sua história, com 450 gols.

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