Palco de jogo do Brasil, Nova York vive rivalidade recente no futebol

New York City Football Club e New York Red Bulls fazem clássico regional

Nova York

Comparado com clássicos brasileiros, como um Corinthians e Palmeiras, que se digladiam há mais de cem anos em uma disputa que extrapola os gramados, o dérbi entre New York City Football Club (NYCFC) e New York Red Bulls é uma criança. De cinco anos, mais precisamente.

Mas o que falta em histórico é compensado pela rivalidade crescente entre as duas torcidas na Major League Soccer, a primeira divisão do campeonato de futebol dos EUA. O chamado dérbi do rio Hudson tem levado cada vez mais fãs aos estádios.

A última partida entre as equipes, realizada em 22 de agosto, atraiu 30.139 torcedores ao estádio do time de beisebol New York Yankees, onde o NYCFC manda seus jogos. Como comparação, no clássico de maio entre Corinthians e Palmeiras pelo Brasileiro, o público total foi de 35.246.

A rivalidade também tem sido inflamada pelo que parece ser um maior equilíbrio entre as duas equipes.

Neste ano, os Red Bulls venceram duas partidas contra o NYCFC por 4 a 0 —em maio e junho.

Em julho, porém, o rival se saiu melhor e ganhou por 1 a 0. No mês passado, ambos empataram por 1 a 1.

Em 14 partidas disputadas até hoje, porém, o NY Red Bull leva vantagem, com oito vitórias. O time também impôs a maior goleada no clássico: um 7 a 0 em maio de 2016.

Para Daniel Feuerstein, jornalista esportivo, sem um estádio próprio, falta ao NYCFC uma identidade —sim, ele torce para os Red Bulls.

“Todo mundo tem que construir seu próprio estádio. Senão o time não é visível. O estádio dos Yankees não foi feito para futebol”, diz.

Ele afirma que, mesmo que a rivalidade com o time local esteja aumentando, o verdadeiro antagonista dos Red Bulls é outro: o DC United, de Washington, criado em 1994.

“O DC sempre ganhou de nós, mas nas últimas vezes conseguimos vencer. É a rivalidade mais forte até hoje”, diz.

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.