O novo clube do brasileiro Ronaldo Nazário, um dos maiores atacantes da história do futebol, não faz gols. Em três rodadas no Campeonato Espanhol, o Real Valladolid empatou duas e perdeu uma vez. Em todas as partidas, passou em branco.
Ronaldo, campeão mundial de 2002 com a seleção brasileira, é a face visível de grupo de investimento que pagou cerca de 30 milhões de euros (R$ 143,8 milhões) para comprar 51% das ações do time que está na primeira divisão espanhola.
"Vocês acham que vou comprar um clube e no dia seguinte vou sair de férias? Claro que vou estar informado de tudo o que acontece e vamos trabalhar para melhorar e dar maior dimensão ao Real Valladolid. Isso não para por aqui, vamos chegar até onde nossa ilusão permitir", disse o ex-jogador, que atuou no futebol espanhol. Ele defendeu o Real Madrid e o Barcelona.
Ter atacantes brasileiros no elenco não é novidade para o Valladolid. Dos 14 jogadores do país que atuaram no clube, oito eram homens de frente. O último deles, Túlio de Melo, chegou em 2015. Atualmente, não há atletas do país no elenco profissional.
O consenso é que o melhor brasileiro a atuar pela equipe foi o zagueiro Ivan, ex-São Paulo, em 1992. Os mais conhecidos foram Cuca (hoje técnico do Santos), o meia Edu Manga (ex-Palmeiras) e os atacantes Rodrigo Fabbri (ex-Grêmio) e Nilson (que jogou em vários grandes times brasileiros, entre eles Palmeiras e Internacional).
Apesar de Ronaldo falar em ilusão, o objetivo imediato do Real Valladolid é modesto: se manter na primeira divisão. O único título relevante da história do clube foi o da Copa da Liga espanhola em 1984. O torneio não existe mais. Foi extinto em 1986.
"Ele é um ídolo, contagia ilusão. Tem algo que apaixona. Fez uma aposta no clube", disse o ex-dono Carlos Suárez, que vai continuar na administração como presidente, mas vai ser subordinado a Ronaldo.
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