Cruzeiro e Corinthians chegam à decisão com contraste nos planejamentos

Primeira partida da final da Copa do Brasil será realizada nesta quarta, às 21h45, no Mineirão

Mano Menezes durante entrevista após jogo do Cruzeiro no Mineirão
Mano Menezes durante entrevista após jogo do Cruzeiro no Mineirão - Vinnicius Silva/Cruzeiro
Luiz Cosenzo Luciano Trindade
São Paulo

Cruzeiro e Corinthians chegam à decisão da Copa do Brasil com planejamentos bem distintos. Enquanto um clube manteve a base e fez contratações pontuais após a conquista de um título nacional na temporada passada, o outro perdeu peças importantes e praticamente montou uma nova equipe. 

Atual campeão e maior vencedor da competição ao lado do Grêmio --5 vezes--, o Cruzeiro seguiu o planejamento à risca após ganhar o torneio.

A primeira medida foi renovar o contrato de Mano Menezes. Mesmo antes de ser empossado, o presidente Wagner Pires de Sá renovou o vínculo do treinador até o final de 2019. Na oportunidade, Mano era cobiçado pelo Palmeiras.

"Eu sempre preguei que a continuidade do trabalho é algo diferenciado para os treinadores. Já tinha saído uma vez do Cruzeiro para ir à China porque não tinha como dizer não. Não seria correto eu voltar para o Cruzeiro e, de novo, não dar sequência ao trabalho. Se saio de novo, estaria jogando fora o que construi", disse o treinador à Folha

Dos jogadores que enfrentaram o Flamengo na decisão do ano passado, apenas três saíram: o lateral Diogo Barbosa, o volante Hudson e o meia-atacante Alisson.

O primeiro foi negociado com o Palmeiras, enquanto o segundo retornou de empréstimo para o São Paulo.

Já Alisson foi envolvido em uma troca com o Grêmio, que repassou o lateral direito Edílson, posição carente no elenco cruzeirense.

O time também contratou o lateral esquerdo Egídio e os atacantes Barcos e Fred.

Mano ainda encontrou no próprio elenco os substitutos de Hudson e Alisson. Lucas Silva, bicampeão brasileiro pelo clube, entrou na vaga do volante, enquanto Arrascaeta e Rafinha costumam atuar como segundo atacante. 

Já o Corinthians sofreu dois desmanches desde a conquista do Brasileiro de 2017. Em um primeiro momento, perdeu o zagueiro Pablo, o lateral Arana e o atacante Jô. Neste ano, viu a saída de Balbuena, Maycon e Rodriguinho. Até Sidcley, que veio como reforço para 2018, também já saiu. 

O time ainda perdeu o treinador Fabio Carille, que acertou com o Al Wehda, da Arábia Saudita. Efetivou o auxiliar Osmar Loss, que não vingou, e contratou Jair Ventura

Carille durante treino do Corinthians em maio no CT Joaquim Grava
Carille durante treino do Corinthians em maio no CT Joaquim Grava - Daniel Augusto Júnior/Folhapress

Os únicos remanescentes do setor defensivo, ponto forte da equipe no ano passado, foram Cássio e Fagner. Outras peças importantes e que ainda continuam são o volante Gabriel, o meia Jadson e os atacantes Romero e Clayson.

"O Cruzeiro passa a ser favorito por conta dessas situações. Todos os treinadores querem estar dois anos conhecendo o seu time, reforçando, perdendo peça e trazendo outras. Porém, quando a bola rola é diferente",afirmou Jair Ventura.

Ele não contará nesta quarta com o volante Douglas, suspenso. Gabriel será o substituto. Recuperado, Fagner está confirmado. Já Mano não terá o uruguaio Arrascaeta, convocado por sua seleção. Rafinha herdará a vaga.

CRUZEIRO
CORINTHIANS

21h45, Mineirão
Na TV: Globo, SporTV e Fox Sports
 

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