Precisando de gols, Corinthians vê atacantes sofrerem com jejum

Desempenho atrapalha equipe no Brasileiro e preocupa para final da Copa do Brasil

Belo Horizonte

Em 11º lugar no Brasileiro e com a obrigação de vencer o Cruzeiro na final da Copa do Brasil, o Corinthians se depara com um grande problema: o jejum de gols dos jogadores do setor ofensivo.

Dos quatro atletas com características mais ofensivas que foram titulares no primeiro duelo da decisão, o meia-atacante Jadson é o que está há menos tempo sem balançar as redes.

Goleador da equipe na temporada com 13 gols, ele não marca há 25 dias. A última vez que anotou um gol foi na vitória sobre Sport por 2 a 1, em jogo realizado no dia 16 de setembro. Desde então, passou em branco contra Internacional, Flamengo duas vezes e Cruzeiro.

Vice artilheiro do time no ano com 11 gols, Romero não marca há 16 partidas
Vice artilheiro do time no ano com 11 gols, Romero não marca há 16 partidas - Douglas Magno/AFP

O jejum dos outros dura mais de 70 dias. Vice-artilheiro do time no ano com 11 gols, Romero não marca há 16 partidas —foi titular em todas. O último gol do atacante paraguaio foi feito no triunfo sobre a Chapecoense, no dia 1º de agosto, pela partida de idas quartas de final da Copa do Brasil.

Já Clayson e Matheus Vital ainda não balançaram as redes no segundo semestre da temporada. O primeiro vive um jejum de quase seis meses. Neste período, fez 19 jogos, sendo 17 como titular.

Vital, que tem a característica de um meia-atacante, está sem marcar desde 27 de maio. Ele iniciou 11 partidas e em outras 13 entrou no decorrer dos confrontos.

Além da escassez de gols dos titulares, o treinador Jair Ventura não tem opções na reserva que estejam em um momento melhor que os titulares.

A exceção é o atacante Pedrinho, 20, responsável por marcar o gol da vitória sobre o Flamengo há 15 dias, que colocou o time na final da Copa do Brasil. Na oportunidade, ele entrou na etapa complementar.

Porém, quando teve outra chance, o jovem não rendeu o esperado. Assim, amargou o banco de reservas nas duas últimas partidas.

Além dele, o comandante corintiano ainda tem como alternativas para o setor ofensivo Emerson Sheik, 40, Jonatas e o também paraguaio Sérgio Diaz, que fez apenas um jogo até agora com a camisa do clube e não marcou.

Sheik, que não faz gol desde março, tem tido poucas opções, enquanto Jonatas, contratado como reforço no final de junho, sofre com problemas físicos.

Ele, inclusive, seria uma opção para Jair Ventura mudar a formação tática da equipe, que está jogando a Copa do Brasil sem um atacante de referência. Roger, o único do elenco com essas características, não está inscrito no torneio.

“O Jonathas vem de lesão, tem minutagem baixa e está sem ritmo, é difícil botar um jogador sem ritmo. Ele seria um jogador ideal para um jogo como esse, mas pela sequência de lesões não tinha condições. É uma pena que ele venha se machucando muito. Num momento decisivo é difícil contar com um jogador com minutagem baixa”, disse Jair Ventura após a derrota de quarta-feira.

O comandante corintiano concordou também que o setor ofensivo está devendo. Na opinião dele, o Corinthians teve também dificuldades para criar contra o Cruzeiro.

“Finalizamos pouco. Mas o Corinthians não jogou por uma bola, tivemos bola, mas com dificuldade de criar. A gente trabalha bastante, sabe que no Brasileiro somos uma das equipes que menos finaliza, isso não é de agora, estamos trabalhando para melhorar”, disse Jair Ventura.

Corinthians e Cruzeiro voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira (17), às 21h45, no Itaquerão, pelo jogo de volta da decisão da Copa do Brasil. Antes, o time paulista tem o clássico contra o Santos, marcado para este sábado (13), às 19h, no Pacaembu.

“[Vamos escalar um time] alternativo. A gente vai estudar com certeza, não podemos correr riscos, sabemos da situação delicada que temos no Campeonato Brasileiro, mas não podemos correr riscos de perder um jogador lesionado para a nossa grande decisão que é a Copa do Brasil “, completou.

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.