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'Academia' vira alternativa para pilotos brasileiros voltarem à F-1

País não tem representante na categoria pela primeira vez desde 1970

Marcelo Laguna
São Paulo

Sem lugar na F-1 pela primeira vez desde 1970, os pilotos brasileiros encontraram nos centros de desenvolvimento criados pelas principais equipes e montadoras um atalho para conseguir entrar na categoria.

Não se trata de uma alternativa criada recentemente. O alemão Michael Schumacher participou de programa de desenvolvimento da Mercedes no final dos anos 1980.

O pentacampeão mundial Lewis Hamilton, que conquistou o título de 2018 no GP do México, integrou o programa “Campeões do Futuro”, criado pela McLaren no final dos anos 1990. Em 2007, estreou na F-1 pela escuderia inglesa. Atualmente na Ferrari, Sebastian Vettel, foi formado pela Academia Red Bull, mesma equipe pela qual conquistou seus quatro títulos.

No Circuito Nacional de Monza na Itália, Sergio Sette Câmara comemora o terceiro lugar da prova.
No Circuito Nacional de Monza na Itália, Sergio Sette Câmara comemora o terceiro lugar da prova. - Alex Farias-2.nov.2018/PHOTOPRESS

Atualmente, quatro brasileiros passaram ou ainda integram programas de desenvolvimento de pilotos, de olho em uma vaga na F-1.

Os mais próximos de alcançarem esse objetivo são Sérgio Sette Câmara, 20, e Pietro Fittipaldi, 22. Sette Câmara, que neste ano participa do campeonato da Fórmula 2, foi anunciado como piloto de testes da McLaren para a próxima temporada na última terça-feira (6).

Já Pietro, neto de Emerson Fittipaldi e que se divide entre o automobilismo americano e categorias de turismo na Europa, deverá realizar testes com a equipe Haas neste mês, após o GP de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, que encerra a temporada.

Sette Câmara chegou a integrar a Academia Red Bull durante a temporada de 2016.

“Passar por lá me deu muita maturidade, além de vivenciar situações parecidas com as que encontrarei na F-1”, afirmou. Pietro é contratado pela Academia Telmex, que apoia pilotos latino-americanos.

O Brasil ainda conta outros dois jovens pilotos em centros de desenvolvimento. Integrantes da Academia Ferrari, Enzo Fittipaldi, 17, irmão de Pietro, e Gianluca Petecof, também têm como meta chegar à F-1.

Enzo conquistou o título da F-4 italiana e foi apontado como o de melhor desempenho entre os integrantes da Academia Ferrari neste ano. Já Gianluca, 15, encerrou a temporada como o melhor estreante na F-4 italiana.

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