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Jogadores brasileiros e ídolo Zico são apostas de time japonês no Mundial

Campeão da Champions asiática, Kashima Antlers quer revanche contra o Real Madrid

Torcedores do Kashima estendem bandeira contra o Real Madrid na final do Mundial de Clubes de 2016
Torcedores do Kashima estendem bandeira contra o Real Madrid na final do Mundial de Clubes de 2016 - Toshifumi Kitamura/AFP
São Paulo

Maior vencedor do Campeonato Japonês com oito títulos, o Kashima Antlers, que estreia sábado (15) no Mundial de Clubes da Fifa contra o Chivas (MEX), vivia situação difícil no primeiro semestre deste ano, mais próximo da zona de rebaixamento do que da disputa pelo título.

A solução para se reerguer foi se apoiar na filosofia que transformou o clube em potência local nesses 26 anos de futebol profissional no país. Uma trajetória que começou em 1991 com a contratação de Zico, ídolo máximo e principal responsável por popularizar o esporte no Japão.

O “Espírito de Zico” é uma espécie de mantra que rege o clube. Há inclusive uma bandeira que os torcedores estendem com orgulho, presente em todas partidas do time, que estampa a frase e o rosto do brasileiro.

Mas não bastou só repetir a ideia da boca para fora. A diretoria entendeu que era preciso retomar esse conceito com a presença do próprio Zico, que retornou ao Kashima após 16 anos para trabalhar como diretor técnico do clube.

A equipe nipônica reagiu e saltou do 12º lugar para o 3º no campeonato japonês. A recuperação do time na temporada não parou por aí. Pela primeira vez em sua história, o Kashima Antlers conquistou a Champions League da Ásia.

“Eles perguntaram se eu podia tentar vir em agosto. Era um risco, pois a situação não estava boa, mas por tudo aquilo que consegui aqui, todo o relacionamento que eu tenho com eles, não podia dizer não em um momento difícil”, conta Zico à Folha.

“Desde quando cheguei, fui tratado da melhor forma possível. Quando você trabalha com um cara como o Zico, você aprende a cada dia. Ele sempre tenta nos ajudar dentro de campo. E ele não ajuda só o brasileiro. Ele ajuda muito o japonês”, conta Serginho.

Além do meia e de Leo Silva, o clube também conta com o atacante Leandro, ex-Palmeiras e Grêmio, e o fisioterapeuta Rodrigo Salvitti.

A estreia do Kashima no Mundial, disputado nos Emirados Árabes Unidos, será no próximo sábado, às 11h, contra o Chivas, campeão da Concacaf, pelas quartas de final.

Esta será a segunda participação do time japonês na competição. O debute foi na edição de 2016, quando perdeu a final por 4 a 2 para o Real Madrid, seu adversário caso passe dos mexicanos.

Na ocasião, deu um sufoco na equipe de Cristiano Ronaldo e companhia. O jogo no tempo normal terminou empatado em 2 a 2 e só foi decidido na prorrogação. A partida ainda teve polêmica na arbitragem com a não expulsão do zagueiro e capitão madrileno Sergio Ramos.

Na possível revanche deste ano, os japoneses encontrarão os espanhóis em um de seus piores momentos nos últimos anos. Sem Cristiano Ronaldo, que foi para a Juventus (ITA), e o técnico Zidane, que deixou a equipe no primeiro semestre, o Real ainda não se acertou.

Para piorar a situação, vem de derrota em casa para o CSKA (RUS) por 3 a 0 pela última rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões.

No entanto, o Kashima chega ao Mundial com desfalques importantes. O meio-campista brasileiro Leo Santos, com um estiramento na coxa, é dúvida. Já Kento Misao, meio-campo da seleção japonesa, e o atacante Yuma Susuki, escolhido como melhor jogador da competição continental vencida pelo clube, estão fora por lesão.

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