Descrição de chapéu The New York Times

Fenômeno do basquete dos EUA refutou futebol americano e deve chegar à NBA

Com 129 quilos, Zion Williamson, 18 anos, é calouro e astro da Universidade Duke

Williamson em ação por Duke contra Kentucky Wildcats, pela liga universitária de basquete americana
Williamson em ação por Duke contra Kentucky Wildcats, pela liga universitária de basquete americana - Andy Lyons/AFP
Joe Drape
Durham, Carolina do Norte | The New York Times

É difícil conciliar a admiração que adultos expressam por Zion Williamson e a imagem do atleta esparramado em uma cadeira depois de umas vitória por 33 pontos de vantagem, respondendo perguntas brincalhonas com um sorriso idem.

"Você se sentiu como um tight end naquela corrida?"

"É verdade que lhe ofereceram bolsas de estudo de futebol americano?"

"Você se sente pressionado a fazer alguma jogada espetacular sempre que recebe a bola?"

Williamson, calouro e astro do time de basquete da Universidade Duke, visto por muita gente como primeira escolha inevitável no draft da NBA em junho, acabava de apresentar, contra Yale, o desempenho que os fãs mais ardorosos do basquete universitário vieram a esperar dele: 20 pontos, oito rebotes, quatro assistências e a enterrada feroz, com a cabeça por cima do aro, que o tornou presença constante nas compilações de melhores jogadas da semana, na televisão e na internet.

Williamson aprendeu os truques do jogo como armador com seu pai adotivo, Lee Anderson, que jogou pela Universidade Clemson, mas em seguida veio uma disparada em seu crescimento que remodelou seu jogo e seu futuro no esporte. Nas férias de verão entre a oitava e a nona série, Williamson cresceu de 1,80 para 1,90 metro de altura. E continuou a ganhar corpo durante todo o segundo grau.

No jogo de abertura da temporada do Blue Devils, contra Kentucky, ele exibiu seus diversos talentos em uma sequência de 27 segundos na qual converteu um arremesso de três pontos, entrou no garrafão driblando para uma enterrada estrondosa, e fez um passe milimétrico para R.J. Barrett, outro calouro da equipe e provavelmente o principal concorrente de Williamson na briga pela primeira escolha do draft do ano que vem na NBA.

Entre os 20 pontos de Williamson contra Yale houve uma bandeja que lembrava um passo de balé, na qual ele pareceu flutuar em meio a uma floresta de adversários antes de colocar a bola suavemente na cesta; ele também fez mais uma enterrada estrondosa. Além disso, fez pelo menos uma assistência elegante a Barrett, que marcou 30 pontos no jogo.

"Os dois são fenomenais", disse Bilas. "Mas Zion venderá mais ingressos".

Uma das qualidades intangíveis que agradam Krzyzewski especialmente é a alegria de Williamson. Ela é visível no aquecimento antes do jogo, quando o pivô com mentalidade de armador alterna sorrisos calorosos e enterradas acrobáticas, e uma grande variedade de cumprimentos especiais aos colegas do time.

A alegria também era visível nos minutos finais do massacre contra Yale, quando Williamson - tendo concluído sua participação - continuava de pé diante do banco da Duke, torcendo ruidosamente pelos reservas de seu time que ganharam alguns raros minutos em quadra no Cameron Indoor Stadium.

E a alegria continuava lá quando o vestiário estava para fechar, mais tarde, depois que Williamson dispensou Buckmire, um reserva que está cursando medicina, de seu papel como consigliere. Williamson acolheu Buckmire para um abraço e por um instante o armador de 1,88 metro e 77 quilos desapareceu em seus braços.

"Você é bom nisso", disse Williamson, mal conseguindo conter o riso.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

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