Gabriel Medina é campeão mundial de surfe pela segunda vez

Surfista brasileiro torna-se bicampeão no Havaí quatro anos após primeiro título

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Gabriel Medina comemora o título no Havaí segurando uma bandeira do Brasil
Gabriel Medina comemora o título no Havaí segurando uma bandeira do Brasil - Ed Sloane/WSL
 
São Paulo

O brasileiro Gabriel Medina, 24, é bicampeão da Liga Mundial de Surfe. Nesta segunda (17), ele ficou com o título da temporada 2018 após avançar à final na etapa de Pipeline, Havaí, resultado que precisava para ficar com o troféu sem depender de ninguém.

O ápice da sua participação nos EUA foi nas quartas de final. Após sair 12 pontos atrás do americano Conner Coffin, ele emplacou uma onda nota 9,43 e outra que recebeu a pontuação máxima, 10, para passar à semifinal, quando superou o sul-africano Jordy Smith em nova bateria muito equilibrada (16,27 a 15,83).

Na decisão, ele encontrou o australiano Julian Wilson, que disputava com Medina o título mundial. No confronto direto contra o vice-campeão, o brasileiro levou a melhor novamente, venceu por 18,34 a 16,70 e fechou a temporada com a primeira vitória da sua carreira na etapa de Pipeline.  

Natural de São Sebastião, no litoral de São Paulo, Medina volta a conquistar a competição quatro anos após obter seu primeiro troféu.

Desde 2014, o paulista se mantém entre os melhores surfistas do mundo: ficou na terceira posição em 2015 —quando o também brasileiro Adriano de Souza, o Mineirinho, venceu—, e 2016. No ano passado, acabou com o vice-campeonato.

Em 2018, diferentemente do que havia acontecido nas temporadas anteriores, Medina teve como grande trunfo a regularidade. Ele chegou à decisão após vencer 2 das 10 etapas (Taiti e Califórnia), menos do que Italo Ferreira, que fechou o ano em quarto lugar após ganhar três eventos.

A diferença é que Medina teve um bom desempenho mesmo quando não triunfou. Antes de Pipeline, ele avançou às semifinais três vezes e parou nas quartas de final outras três. Seu pior resultado foi o 13º lugar na primeira etapa, realizada em março, na Austrália.

Medina, que começou a surfar aos 9 anos, acumulou feitos precoces na carreira. Aos 14, já participava da divisão de acesso da Liga Mundial. Em 2011, com 17, surpreendeu o mundo ao vencer duas etapas logo em sua estreia na elite.

Ele foi pioneiro ao conquistar o primeiro título de um brasileiro em 2014, aos 20 anos. Se o bicampeonato demorou mais do que muitos esperavam para virar realidade, Medina tem a expectativa de uma carreira longa, com tempo para ampliar seus feitos.

 

A lenda americana Kelly Slater, 11 vezes campeão mundial, ainda disputou três etapas nesta temporada, aos 46 anos. O último título dele foi aos 39.

Além de bicampeão, hoje o paulista é tratado pela Liga Mundial como o surfista com maior base de fãs e tornou-se um ícone da modalidade.

Antes da última etapa, ele recebeu mensagens de incentivo de nomes como Pelé, Neymar, Ronaldinho Gaúcho, Cesar Cielo e Gustavo Kuerten.

No Instagram, ele é seguido por 6 milhões de usuários, número superior à soma dos seguidores de Kelly Slater e do bicampeão John John Florence (2016 e 2017), maior rival de Medina nos últimos anos e que abandonou a temporada 2018 após uma lesão no joelho.

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