Com Boselli no ataque, Corinthians tenta achar substituto para Jô

Atacante argentino assinou contrato nesta sexta (4) e será a referência ofensiva do time

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São Paulo

Com Mauro Boselli, 33, o Corinthians tenta resolver um problema recorrente do time em 2018: a falta de um artilheiro. O principal goleador da equipe no último Campeonato Brasileiro, um torneio com 38 rodadas, foi Romero, com seis gols.

Boselli assina o contrato com o Corinthians entre os diretores Jorge Kalil (à esq.) e Duilio Monteiro Alves
Boselli assina o contrato com o Corinthians entre os diretores Jorge Kalil (à esq.) e Duilio Monteiro Alves - Daniel Augusto Jr/Ag.Corinthians

É uma questão presente no elenco desde a venda de Jô para o Nagoya Grampus (JAP), no final de 2017. O atacante havia sido artilheiro (ao lado de Henrique Dourado) e melhor jogador do Brasileiro daquele ano, em que o Corinthians foi campeão.

“Quando surgiu a oportunidade de vir para um clube do tamanho do Corinthians, não pensei duas vezes”, disse Boselli ao desembarcar no aeroporto de Guarulhos na manhã desta sexta (4). No final da tarde, ele assinou contrato.

Fã de Zlatan Ibrahimovic, que considera o atacante mais completo que já viu, Boselli esperava, até o ano passado, encerrar a carreira no León, clube mexicano em que estava desde 2013. Disse várias vezes que pretendia se aposentar como o maior goleador da história do clube.

Ele se aborreceu com a falta de interesse da diretoria em renovar seu vínculo (terminava em julho de 2019) e decidiu sair apesar de, com 130 gols, estar a seis do recorde de Adalberto Campos.

Segundo seu empresário, José Iribarren, o León não tentou ficar com o argentino por economia. Quer evitar investimentos no elenco por causa dos planos para construir um novo estádio.

 

Com Boselli, o Corinthians terá um atacante que foi goleador em todas as equipes que jogou fora da Europa. Lá ele não se deu bem. Por Málaga (ESP), Wigan (ING), Genoa e Palermo (ITA) fez 71 partidas no total. Anotou 12 gols.

Por Estudiantes (ARG, entre 2008 e 2012) e León, ele marcou 190 vezes. Há ainda os 11 gols pelo Boca Juniors, clube onde Boselli se profissionalizou, mas ele mesmo considera que os números poderiam ser bem melhores.

“Eu entrava, fazia três gols em uma partida e no seguinte ficava no banco e não entrava. Foi difícil suportar”, afirma. 

O problema era ser reserva de Martín Palermo, o maior artilheiro da história do Boca. Mesmo assim, Boselli fez parte do elenco que foi campeão da Sul-Americana de 2004 e da Libertadores de 2007.

Dois anos depois, repetiu a conquista do mais importante torneio do continente, mas não como coadjuvante, Ele era o principal atacante do Estudiantes. No Mineirão lotado, ele fez o gol que definiu a conquista da equipe argentina, na vitória por 2 a 1 sobre o Cruzeiro.

Aquele 2009 foi o grande ano da carreira de Boselli. Ele quase deu ao Estudiantes o título mundial. Anotou o gol que seria da vitória sobre o Barcelona (ESP), mas o espanhol Pedro empatou nos acréscimos. Na prorrogação, Lionel Messi decidiu e os espanhóis venceram.

Forte na bola aérea, o centroavante pode dar opção que o Corinthians deveria ter tido em 2018 com Roger, mas não funcinou. Dos 130 gols pelo León, 39 foram de cabeça. No clube, foi duas vezes campeão do Apertura (2013 e 2014).

O sucesso, porém, escapou dele na seleção argentina. Boselli teve quatro partidas pela equipe, com um gol marcado. Nunca foi chamado para Copa América ou Mundial.

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