Corinthians confirma valor fixo de R$ 12 milhões em contrato com BMG

Diretor financeiro do clube afirma que verba pode aumentar com parcerias

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BMG é o patrocinador do Corinthians atualmente
BMG é o patrocinador do Corinthians atualmente - Rodrigo Coca/Agência Corinthians/Divulgação
São Paulo

O Corinthians confirmou nesta sexta-feira (25) que o valor fixo do contrato com o BMG é de R$ 12 milhões a partir de 2020. O clube diz que recebeu R$ 30 milhões em 2019. 

Nesta sexta-feira, o site Máquina do Esporte revelou uma ata do BMG em que estava registrado o valor que o clube receberá a partir de 2020 para expor a marca na sua camisa. 

"Assinamos um contrato por três anos, no qual nós vamos ter no primeiro ano R$ 30 milhões e, no segundo ano, nós temos um mínimo de R$ 12 milhões", afirmou à Folha Matias Ávila, diretor financeiro do Corinthians. 

Rival do Corinthians, o Palmeiras recebe R$ 81 milhões por ano para expor a marca da Crefisa na camisa

O acordo do clube alvinegro com o BMG prevê o valor fixo — de R$ 12 milhões— mais porcentagens sobre os lucros do aplicativo "Meu Corinthians BMG", onde o banco vai disponibilizar produtos e serviços exclusivos para os torcedores do time alvinegro, como poupança, investimentos, empréstimos e cartões de crédito. O clube acredita que o valor total pode aumentar, dependendo da perfomance das parcerias do clube com o banco. 

"Nós tivemos 3 mil novas contas abertas no primeiro dia após o anúncio da conta em agências do banco", diz Ávila. 

Segundo o dirigente, o Corinthians vai avaliar neste primeiro ano de acordo se a parceria foi positiva e se conseguiu um bom retorno no valor variável. 

"Nós podemos sair no primeiro ano, não tem problema nenhum. Nós vamos avaliar a performance, se vale a pena para ambas as partes e tudo mais", afirma. "O importante é que no primeiro ano nós recebemos R$ 30 milhões. O Corinthians não terá que devolver nada", completa.

O BMG foi fundado em 1930 e já teve ampla atuação no futebol. Patrocinou equipes como Atlético-MG, Cruzeiro, Flamengo, São Paulo e Palmeiras. Também teve participação em direitos econômicos de jogadores, o que desde 2015 é vetado pela Fifa.

 
Em nota, o Corinthians informou que “sempre se limitou a declarar, quando perguntados sobre valores contratuais, o montante do adiantamento inicial, no valor de R$ 30 milhões, além da participação nos lucros. Tal valor foi efetivamente depositado na Tesouraria do Clube nesta semana”.

A equipe do Parque São Jorge completou em janeiro 21 meses sem uma marca fixa no principal espaço publicitário de seu uniforme.

O último patrocinador master havia sido a Caixa Econômica Federal, que a partir deste ano deixará de patrocinar clubes de futebol. O vínculo entre Corinthians e o banco estatal durou até abril de 2017.

Além do BMG, o Corinthians conta com mais quatro patrocinadores em seu uniforme: Universidade Brasil (ombro), Pro Evolution Soccer (barra da camisa), Minds (barra da manga) e Poty (calção).

Confira abaixo a nota oficial divulgada pelo Corinthians sobre os valores:

O Sport Club Corinthians Paulista esclarece sobre o contrato de parceria com o BMG, a partir da divulgação da ata da reunião do Conselho do Banco, que:

1 - Os valores detalhados do contrato, por normas gerenciais do Banco, como já havia declarado seu principal acionista na entrevista coletiva, deveriam ser mantidas em sigilo até a formalização de procedimentos internos.

2 - Consequentemente, o Clube sempre se limitou a declarar, quando perguntados sobre valores contratuais, o montante do adiantamento inicial, no valor de R$ 30 milhões, além da participação nos lucros. Tal valor foi efetivamente depositado na Tesouraria do Clube nesta semana.

3 - A Diretoria do Clube sempre enfatizou que este era um contrato inovador, em que o Corinthians exigiu uma participação volumosa nos resultados da parceria e também uma colaboração importante no alívio da sua pressão de caixa.

4 - A solução encontrada foi a ideal: conseguimos a participação em metade dos lucros gerados pela nossa base de torcedores nos próximos 5 anos e recebemos à vista o valor de que necessitávamos para completar o ciclo de contratações de jogadores. Como em qualquer negociação no mercado financeiro, quanto maior for a convicção do negociador no êxito da parceria, mais se exige de participação nos lucros e menos se luta por mínimos garantidos.

5 - As projeções conservadoras de resultado final da associação já no primeiro ano de contrato colocam 30 milhões como piso. Dada a adesão da Fiel nestes primeiros dias, abrindo contas e engajando-se em manifestações nas redes sociais, pôde-se prever que os resultados serão ainda melhores do que os projetados.

6 - Insistimos na tese de que este é o melhor contrato que já fizemos e o engajamento da Fiel abrindo contas na nossa plataforma comprovará esta verdade. Que outros clubes já estejam batendo às portas do Banco para assinar contratos semelhantes dá testemunho do mérito inovador desta parceria


 

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