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Tiago Volpi será o quinto goleiro a tentar superar fantasma de Ceni

Goleiro veio do México, onde era ídolo, e está confirmado como titular por André Jardine

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São Paulo | Agora

Quando a bola rolar no Pacaembu para São Paulo e Mirassol neste sábado (19), às 19h30, na estreia dos clubes no Campeonato Paulista, Tiago Volpi será o quinto goleiro após a era Rogério Ceni a tentar se firmar no gol do time tricolor.

Antes dele, Denis, Renan Ribeiro, Sidão e Jean –esse último ainda no elenco–, já assumiram a meta e conviveram com a desconfiança dos torcedores são-paulinos.

“O Volpi começa o campeonato como titular”, avisou o técnico André Jardine.

Largando na frente do concorrente, Volpi sabe muito bem a pressão que vai encontrar debaixo da trave.

“É lógico que existe uma certa pressão por tudo o que o Rogério [Ceni] representou, mas, a partir de agora, tenho que encarar como uma grande oportunidade de poder fazer história”, afirmou o novo camisa 23.

O goleiro Tiago Volpi faz defesa durante treino do São Paulo
O goleiro Tiago Volpi faz defesa durante treino do São Paulo - Rubens Cavallari/Folhapress

Volpi começou a carreira no São José-RS, passou pelo Luverdense, mas ganhou projeção no futebol na equipe do Figueirense campeã Catarinense em 2014. No mesmo ano, a equipe conseguiu o acesso para a Série A do Brasileiro. Depois, ele partiu para o México, onde foi tratado como ídolo pelos torcedores mexicanos do Querétaro.

Enquanto isso, Rogério Ceni se aposentava no São Paulo e, no final de 2015, passou o bastão para Denis, que havia sido contratado em 2009 e tinha convivência diária com o ídolo são-paulino. A ideia do clube era prepará-lo e transformá-lo no sucessor de Ceni.

Em 2016, Denis atuou em 68 dos 71 jogos da equipe na temporada. A insegurança e a sombra do ídolo que havia acabado de pendurar as luvas não deram tranquilidade para ele conseguir se firmar.

No ano seguinte, Sidão chegou a pedido do próprio Ceni, então técnico do clube. Depois de uma temporada sólida no Botafogo, o jogador iniciou o ano como titular, mas também não convenceu.

A posição de titular no gol foi revezada com Denis e Renan Ribeiro, contratado pelo clube em 2013, junto ao Atlético-MG. Ninguém foi capaz de fazer o são-paulino esquecer o antigo ídolo.

Em 2018, o São Paulo, mais uma vez, buscou um jogador da posição no início do ano. Gastou R$ 6 milhões por 70% dos direitos econômicos de Jean e o tirou do Bahia. Após também passar por momentos difíceis, Jean terminou a temporada bem, embora ainda não inspire total confiança dos torcedores que frequentam o Morumbi.

A aposta agora será em Volpi, que chega com contrato de empréstimo até o final deste ano e vai precisar mostrar serviço para continuar. Um dos motivos que o tornaram ídolos na América do Norte foi o fato de pegar pênaltis importantes.

Nas quatro temporadas que ficou por lá foram 11 defesas. Quatro delas foram feitas em disputas de penalidades durante a campanha do título do Apertura da Copa do México. Volpi brilhou na semifinal e na final do torneio ao pegar dois pênaltis em cada disputa e, de quebra, ainda bateu e fez o seu gol.

O curioso é que neste mesmo período de 2015 a 2018, os goleiros tricolores juntos pegaram só nove pênaltis.

Não à toa o Querétaro agradeceu o goleiro por sua passagem pelo clube. “Você foi capaz de nos fazer crer que os homens podem, sim, voar. E voou. Voou tantas vezes e tantas vezes para defender nossa casa, nossas cores”, disse pelo Twitter. “Você se converteu no herói que nos presenteou com inesquecíveis tardes mágicas”, completou a postagem.

Agora no Brasil, a missão será a de fazer o são-paulino se sentir mais amparado. Mesmo assim, Volpi avisa: “O Rogério foi um jogador muito acima da média. Igual ao Rogério não vai existir.”

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