O Palmeiras é agora o único clube a não ter fechado acordo com a Globo para transmissões em TV aberta no Campeonato Brasileiro. O Athletico-PR fechou acordo com a emissora no último final de semana e assinou nesta segunda (25). O contrato, que não inclui pay-per-view, é válido até 2024.
A informação foi confirmada à Folha por Mario Celso Petraglia, presidente do conselho deliberativo do clube, e um executivo da Globo.
Dos 20 times que vão participar da Série A do Campeonato Brasileiro, apenas dois resistiam em assinar com o canal: Palmeiras e Athletico-PR.
O Athletico contratou Edgar Diniz, ex-funcionário da Turner, para negociar seu acordo com a Globo e foi a partir disso que as conversas evoluíram.
O canal prometeu ao clube que vai colocá-lo no mesmo nível de Atlético-MG e Cruzeiro na hora de decidir que jogos serão mostrados em TV aberta. Dos R$ 600 milhões oferecidos pela emissora, 30% serão distribuídos de acordo com o número de partidas exibidas.
Dos 20 clubes que estarão na elite A em 2019, sete têm acordo para TV a cabo com a Turner, que vai transmitir as partidas em dois canais: TNT e Space: Athletico-PR, Bahia, Ceará, Fortaleza, Internacional, Palmeiras e Santos. Todos os demais assinaram com a Globo.
Na TV aberta, o Athletico-PR resistia por causa do redutor desejado pela Globo para pagar menos pelas transmissões dos jogos para os clubes que assinaram em TV fechada com a Turner. A emissora alegava que a decisão comprometia a possibilidade de manejar a tabela e distribuir as partidas pelas diferentes plataformas. O Palmeiras também se queixa disso.
De acordo com a Lei Pelé, uma partida só pode ser transmitida se as duas equipes tiveram contrato com a emissora.
Com a resistência de Athletico-PR e Palmeiras, 52 jogos do Brasileiro deste ano não seriam exibidos pro nenhum canal. Com o acordo com o time paranaense, este número caiu para 26. Até a semana passada, a Globo não poderia mostrar 74 partidas em TV aberta. Agora são 38.
Além do redutor, o Palmeiras também contesta a fórmula de remuneração do pay-per-view, em que o clube recebe de acordo com pesquisa de torcedores que são assinantes do serviço. Os dirigentes argumentam que as partidas da equipe interessam também a outras torcidas.
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