Descrição de chapéu Campeonato Paulista

Rival do Santos, Red Bull sofre pressão externa para chegar à elite

Equipe enfrenta o Santos neste sábado (23) pelas quartas de final do Estadual

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Em fevereiro, Red Bull empatou em 0 a 0 com o São Paulo no Morumbi pela fase de grupos do Paulista
Em fevereiro, Red Bull empatou em 0 a 0 com o São Paulo no Morumbi pela fase de grupos do Paulista - Danilo Fernandes-24.fev.19/Brazil Photo/Folhapress
São Paulo

Dono da melhor campanha na fase de grupos do Campeonato Paulista, o Red Bull tem projeto que vai além das quartas de final do torneio, contra o Santos. A partida de ida acontece neste sábado (23), às 19 horas, no Pacaembu.

A vaga nas semifinais será definida na terça-feira (26), no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.

Fundado em 2007, o Red Bull Brasil é uma das equipes criadas pela divisão de esportes da Red Bull GmbH, empresa de bebidas energéticas.

São quatro times de futebol profissional montados pela multinacional: na Alemanha, Áustria, Estados Unidos e Brasil. A equipe brasileira é a que apresenta resultados insatisfatórios até agora. Talvez um título paulista mude isso, embora não seja o objetivo maior da matriz.

O Red Bull Leipzig, na Alemanha, é uma das sensações do futebol europeu nos últimos anos. Disputou a Champions League no ano passado e está hoje em 3º na primeira divisão da liga nacional.

A equipe da Áustria, o Red Bull Salzburg, é o atual campeão do país, o que assegurou participação no principal torneio europeu de clubes desta temporada.

O New York Red Bull é uma marca estabelecida na Major League Soccer, o torneio profissional dos Estados Unidos.

O Red Bull Brasil não tem divisão nacional para jogar neste ano. Em 2018 não obteve classificação nem para disputar a Série D.

Isso é motivo de descontentamento para a empresa e por isso, o Red Bull tenta comprar outro clube do interior paulista, o que pode tornar a campanha no Estadual deste ano a despedida do time. Este poderia mudar de sede e de nome.

A empresa ofereceu R$ 50 milhões para comprar o Bragantino. Não houve negócio. A segunda opção era adquirir o Oeste, ex-Itápolis e hoje em Barueri.

“O Bragantino não vai ser vendido. Temos tradição, estádio, ficamos dez anos na Série B do Brasileiro. Isso não se compra. Procuramos um parceiro para investir no clube. Todos os clubes precisam de uma parceria”, afirma Marquinhos Chedid, presidente do Bragantino.

Comprar Bragantino ou Oeste significaria ter uma vaga na Série B do Campeonato Brasileiro de 2019. O que, com algumas contratações e investimentos, poderia colocar o Red Bull na elite do país em 2020.

No caso do Oeste, os jogos seriam levados para Jundiaí (54 quilômetros de São Paulo), no estádio Jaime Cintra, com capacidade para 15 mil pessoas e que pertence ao Paulista, hoje em dia na 4ª divisão do futebol do estado.

Aparecido Roberto, o Cidão, diretor do Oeste, confirmou que foi procurado, mas descartou negociar o clube. Em 2017, a equipe trocou Itápolis, antiga sede da equipe por Barueri. Na oportunidade, recebeu um aporte financeiro de Mário Teixeira, ex-executivo do Bradesco e presidente do Audax.

Mesmo se derrotar o Santos e for campeão, o Red Bull terá apenas a Copa Paulista para disputar no segundo semestre. Trata-se de torneio organizado pela Federação do Estado para manter os times de menor expressão em atividade.

“Já estamos consolidados no futebol paulista e nosso objetivo é querer crescer no futebol nacional. Temos o objetivo crescer de forma organizada. Vamos continuar trabalhando que nosso objetivo é conquistar uma vaga na Série D”, disse Thiago Scuro, diretor executivo do Red Bull, admitindo estar surpreso com a campanha da equipe na primeira fase do Paulista.

Já há empresários interessados até mesmo em comprar a vaga do Red Bull no Paulista da Série A1, caso o time se mude para Bragança Paulista ou Jundiaí. Uma das duas negociações a diretoria ainda tem esperança de concretizar neste ano.

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