Descrição de chapéu Campeonato Paulista

Cássio joga final do Paulista por recorde de títulos no Corinthians

Consagrado, goleiro pode se isolar como o jogador com mais taças no clube

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Cássio, goleiro do Corinthians, no Centro de Treinamento Joaquim Grava

Cássio, goleiro do Corinthians, no Centro de Treinamento Joaquim Grava Bruno Santos/Folhapress

São Paulo

A história de Cássio no Corinthians vai muito além dos números. Mas eles ajudam a explicar por que o goleiro já é apontado por muitos como o maior da história do clube.

Campeão estadual em 2013, 2017 e 2018, o gaúcho tenta sua quarta conquista. A marca jamais foi obtida por um atleta de sua posição no time do Parque São Jorge.

Há alguns tricampeões, sendo Tuffy o único que enfileirou as conquistas em sequência, em 1928, 1929 e 1930. Ronaldo, vencedor em 1988, 1995 e 1997, é um dos que não hesitam em apontar Cássio como o principal arqueiro em 109 anos de Corinthians.

“Ele [Cássio] é decisivo em todos os momentos importantes do Corinthians, como na Libertadores, no Mundial. E está sendo agora”, afirma o ex-goleiro.

Seu poder de decisão pôde ser visto no jogo que colocou a equipe na final do Paulista. Nele, o goleiro de 31 anos fez dez defesas, algumas delas com alto grau de dificuldade. Graças a seu desempenho, o time perdeu por apenas 1 a 0 para o Santos e, por ter ganho a partida de ida por 2 a 1, levou a decisão para os pênaltis e conseguiu avançar.

A atuação ampliou a percepção de que Cássio cresce nas horas decisivas. E o deixou a dois domingos de se isolar como o atleta com mais títulos com a camisa do Corinthians. Por enquanto, são oito taças: três Paulistas, dois Brasileiros, uma Recopa Sul-Americana, uma Libertadores e um Mundial. Se chegar à nona conquista, ele irá se isolar como o jogador com mais títulos no clube.

“Quando você para de jogar, o que vale são os títulos, as histórias que contará aos seus filhos. Já ganhei muita coisa, mas espero poder ganhar ainda mais”, afirmou à Folha, em 2018.

 

A rotina de conquistas se repete desde que ele chegou ao time, na virada de 2011 para 2012, quando ainda era um desconhecido —ou “o goleiro do presidente”, por ter sido escolhido por Andrés Sanchez. Com o tempo, se mostrou muito mais do que isso.

Houve apenas uma fase complicada, em 2016, na qual chegou a perder a posição para Walter. Estava em má forma física e quase foi para o Grêmio, clube que o revelou.

“Não fui por causa do Andrés, que sentou comigo, conversou, me passou confiança. Mostrou tudo que eu tinha construído no Corinthians e disse que não poderia jogar fora”, lembra o goleiro.

Cássio acumula 405 partidas pela equipe do Parque São Jorge, ainda com tempo para perseguir os 602 jogos de Ronaldo —a quem faz questão de reverenciar como o maior do time.

​O atual camisa 12 do Corinthians, porém, parece não se importar com o recorde de partidas. Sua meta é outro número: o zero. Se for esse o valor exibido no placar do Morumbi ao fim do duelo contra o São Paulo neste domingo (14), o goleiro saberá que terá feito o seu papel —e que o clube estará um passo mais próximo do título paulista.

Nesse processo, ele poderá ainda alimentar a esperança de retornar à seleção brasileira. O goleiro foi reserva na última Copa do Mundo, mas não voltou a ser chamado por Tite, que foi seu parceiro na Libertadores e em diferentes conquistas nos tempos em que o treinador dirigia o Corinthians.

“É inadmissível, na minha opinião, o Tite se esquecer disso, esquecer a relação que eles tiveram nas competições espetaculares que o Corinthians ganhou. Ali, o Cássio cresceu, o Tite cresceu, o Corinthians cresceu. Não tem como esquecer, não consigo entender”, afirma Ronaldo.

Cássio, por sua vez, prefere não cobrar publicamente uma nova oportunidade. 

Neste domingo e no próximo, ele só vai se preocupar em manter imaculada a meta alvinegra. Pode terminar sem se aproximar da seleção, mas tem a chance de ampliar ainda mais a sua importância no clube.

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