O ônibus que levava os jogadores do clube para a partida foi alvo de emboscada de torcedores na avenida Francisco Matarazzo, em frente a um shopping, a poucos metros da arena palmeirense. Na chegada ao estádio, o veículo apresentava ao menos um vidro quebrado. Ninguém ficou ferido.
"Não vamos dar visibilidade a quem não merece. É por isso que eles fazem. Eles não merecem. Hoje os jogadores jogaram, se dedicaram... O Brasil está em pé de guerra em todos os lados. Por tanta gente, vamos deixar as coisas assim e não vamos falar muito. Não adianta nada", disse Felipão após a partida.
"Você me viu com cara de assustado? Não tenho medo de bandido, ninguém tem aqui. Tenho respeito pelo clube e pelo nosso torcedor. Ninguém estava assustado. Eles, jogadores, enfrentaram isso com naturalidade. Não vamos dar visibilidade a quem não merece", completou.
O Palmeiras também publicou uma nota sobre o incidente. "Condenamos a covarde agressão sofrida pela delegação da Sociedade Esportiva Palmeiras a caminho do Allianz Parque na noite desta quarta-feira. Esses vândalos não representam a torcida do Palmeiras".
Ainda de acordo com o clube, "o lamentável ataque ao ônibus da delegação foi denunciado à Polícia Militar para que sejam tomadas as devidas providências com nossa total colaboração".
A agressão e o protesto foram motivados pela sequência de maus resultados do time, que estava há três jogos sem marcar e que, no último domingo (7), foi eliminado nos pênaltis pelo São Paulo na semifinal do Paulista.
Nesta quarta-feira, a sede do clube foi pichada durante a madrugada. As mensagens pediam a saída do atacante colombiano Borja e da patrocinadora e conselheira Leila Pereira, além de chamar o time de “pipoqueiro” e de “vendida” a principal torcida organizada ligada ao clube.
Desde o início do ano, o Palmeiras vem falhando em apresentar bom futebol de uma forma consistente, apesar de não ter perdido nenhum jogador importante do elenco campeão brasileiro no ano passado e ter até se reforçado.
Os sucessos recentes —nos últimos cinco anos o clube ganhou os Brasileiros de 2016 e 2018 e a Copa do Brasil de 2015— não diminuíram a cobrança da torcida por mais um título da Libertadores. Nesse período, o time conseguiu chegar apenas uma vez (em 2018) na semifinal.
Os jogadores palmeirenses responderam aos críticos com uma vitória tranquila.
O time entrou em campo com Zé Rafael, que perdeu o pênalti contra o São Paulo, no lugar de Ricardo Goulart. O jogador atuou pelo lado esquerdo, enquanto Dudu foi para o lado direito. Já Scarpa ficou mais centralizado.
Ainda aos 19 min do primeiro tempo, após uma cobrança de falta, Dudu ficou com a sobra e tentou marcar por cobertura, mas foi Deyverson que completou de cabeça após rebote do goleiro.
No início da etapa complementar o Palmeiras chegou ao segundo gol em um chute de fora da área de Dudu, que havia sido criticado por não ter cobrado um dos pênaltis na semifinal contra o São Paulo.
O terceiro, de Hyoran, saiu já no fim da partida, aos 43 min, após passe de Dudu.
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