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Federer testa sua nova versão no saibro contra velho algoz Nadal

Suíço e espanhol se reencontram em Roland Garros, pelas semifinais, após 8 anos

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São Paulo

Desde a última vez que duelaram em Roland Garros, há oito anos, o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal tiveram lesões, voltaram ao circuito, se alternaram na liderança do ranking e conquistaram, somados, 11 títulos de Grand Slam.

Ambos tiveram altos e baixos nesse período, mas souberam se reinventar para continuar dominantes no circuito. Nesta sexta-feira (7), pelas semifinais de Roland Garros, eles farão o 39º confronto da história da rivalidade, uma das maiores do tênis.

O jogo está marcado para as 7h50 (de Brasília), se a previsão de chuva em Paris deixar. O canal BandSports transmite.

Montagem com Rafael Nadal e Roger Federer em ação durante a edição 2019 de Roland Garros
Montagem com Rafael Nadal e Roger Federer em ação durante a edição 2019 de Roland Garros - Christophe Archambault e Anne-Christine Poujoulat/AFP

Desde o seu retorno após seis meses longe das quadras por causa de uma lesão no joelho, em 2017, Federer conquistou o Australian Open, duas vezes, e Wimbledon, mas preferiu ficar longe de Roland Garrros. Não só do Grand Slam disputado em Paris, como de toda a temporada de saibro.

O piso, que nunca foi o preferido do suíço, proporciona jogos mais lentos e desgastantes. Além disso, os torneios disputados na terra batida antecedem a temporada de grama, essa sim a superfície predileta do tenista de 37 anos.

Com o objetivo de se preparar melhor para Wimbledon, ele abriu mão de jogar onde não se dava tão bem. Depois de adotar essa estratégia por dois anos, porém, Federer voltou atrás e decidiu recolocar o saibro no calendário.

Até agora, o saldo é positivo. Ele chegou às quartas de final nos Masters de Madri e Roma e está a uma partida da decisão em Paris. Assim, os torneios no saibro já lhe renderam 1.080 pontos no ranking, dos quais havia aberto mão nos últimos anos.

O suíço também levou para a terra batida algumas mudanças que fez no seu estilo de jogo e que raramente são vistas nessa superfície, como a devolução de saque mais adiantada e as subidas frequentes à rede.

Agora, ele enfim terá a oportunidade de testar essas variações contra o rival o dominou por muitos anos.

Embora Federer esteja há cinco jogos invicto (todos na quadra rápida) contra Nadal, a vantagem no retrospecto entre eles ainda é do espanhol, por 23 a 15. No saibro, o canhoto de 33 anos venceu 13 vezes e perdeu apenas 2.

No Grand Slam francês, o saldo é amplamente positivo a favor do espanhol, que lidera o retrospecto por 5 a 0.

O último confronto entre os dois no saibro foi em 2013, no Masters 1.000 de Roma, e teve vitória tranquila de Nadal por 2 sets a 0 (6/1 e 6/3).

Para voltar a derrotar Federer, como se acostumou a fazer em Paris, ele buscará justamente bloquear as ferramentas adotas pelo suíço. "Preciso fazê-lo jogar de posições difíceis, a partir daí ele terá menos chances de ir à rede e de fazer seu jogo agressivo", afirmou o espanhol.

Montagem com Federer e Nadal em ação no Grand Slam de Paris
Montagem com Federer e Nadal em ação no Grand Slam de Paris - Martin Bureau e Kenzo Tribouillard/AFP

Já Federer, considerado o azarão desta vez, não se mostra intimidado. "Quando eu me inscrevi para jogar no saibro, esperava que esse jogo acontecesse. Se eu estivesse pensando em evitar o Nadal, então nem deveria ter jogado no saibro", disse.

Para ele, independentemente de adversário, piso ou circunstância, sempre há uma chance de vencer, nem que para isso seja preciso contar com a sorte —ou com o clima.

"Você nunca sabe o que vai acontecer. Ele pode ter um problema, pode estar doente. Você pode estar jogando muito bem ou, por algum motivo, ele sofrer um pouco mais. Talvez esteja ventando muito, ou o jogo pare dez vezes por chuva. Você simplesmente não sabe", afirmou.

O vencedor do 39º "Fedal" jogará na decisão de domingo (9) contra quem avançar do duelo entre o sérvio Novak Djokovic, 32, e o austríaco Dominic Thiem, 25. Pela primeira vez desde o Australian Open de 2012, os quatro primeiros colocados do ranking masculino chegam às semifinais de um Grand Slam.

Se entre os homens os favoritos confirmaram as expectativas, na chave feminina a vez foi das surpresas. Também nesta sexta, às 6h (de Brasília), a australiana Ashleigh Barty, 23, enfrenta a adolescente americana Amanda Anisimova, 17. No mesmo horário, a britânica Johanna Konta, 28, encara a tcheca Marketa Vondrousova, 19.

Amanda Anisimova comemora passagem às semifinais de Roland Garros
Amanda Anisimova comemora passagem às semifinais de Roland Garros - Charles Platiau/Reuters
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