Thiago Silva chama Messi de maior da história e pede marcação dobrada

Zagueiro do Brasil reverencia atacante da Argentina antes de clássico na semi

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São Paulo

Thiago Silva chamou Lionel Messi de “melhor jogador do mundo” algumas vezes durante a entrevista que concedeu após o treino da seleção brasileira neste sábado (29), na região metropolitana de Belo Horizonte. Houve momentos em que os elogios se tornaram ainda maiores ao atacante da Argentina, adversário do time verde-amarelo nas semifinais da Copa América.

“Para mim, é o maior jogador da história. É o maior jogador que vi jogar. É um privilégio enfrentá-lo, mas agora é Brasil contra Argentina. Vamos enfrentá-lo e deixar para admirá-lo mais para a frente”, disse o beque de 34 anos, que foi então questionado se colocava o rival da próxima terça-feira (2) como um jogador superior a Pelé.

“Dos que eu vi jogar, é o maior. Não vi Pelé, não vi Zico, não vi jogadores de que se fala muito, como o Maradona. O único que vi jogar dessa maneira foi o Messi, diferente de todos os outros, embora eu tenha visto outros muito bons. Vi Ronaldinho, Ronaldo Fenômeno, Adriano, joguei com Seedorf, mas ao Messi acho que não tem igual”, esclareceu Thiago.

Em sua ode ao argentino, o zagueiro apontou que o que o diferencia é a imprevisibilidade, ainda que o veterano de 32 anos tenha a preferência de cortar da direita para a esquerda. Ele lembrou que Boateng, do Bayern de Munique, em um lance marcante de 2015, literalmente caiu nessa, sendo entortado em um golaço do craque do Barcelona, com drible para a direita.

Segundo Thiago Silva, que já enfrentou o atacante em jogos de clubes e de seleções, o melhor remédio é resistir à tentação de tentar o desarme, que pode ser fatal. E não ter o pudor de contar a ajuda de ao menos um companheiro.

“Quando ele tiver o domínio, que não se busque roubar a bola, mas dobrar a marcação em cima dele”, receitou. “Antes disso, a gente precisa neutralizar as jogadas do time para que a bola não chegue tão limpa a ele. Que chegue em uma situação de dividida”, acrescentou.

Pode ajudar nessa tarefa algo que tem sido um problema na Copa América: a qualidade dos campos. Está difícil para Messi receber a bola rolando nos terrenos irregulares, motivo de reclamação do próprio craque. Mas esse eventual auxílio não é visto por bons olhos por Thiago Silva, mais um cheio de ressalvas à organização da Copa América.

“Todos vocês sabem a qualidade dos gramados como está. Não somos só nós que estamos reclamando. Vários jogadores já reclamaram. Era o mínimo que tinha que ser feito por uma qualidade maior nos jogos”, disse o atleta do Paris Saint-Germain, listando também outros problemas.

“Para um público maior, poderia ter um ingresso mais barato. E a logística dos hotéis em dia de jogo está sendo muito difícil. Em São Paulo, levamos uma hora para chegar a um treino. Que nas próximas vezes encontrem uma solução melhor. Mas o primordial de tudo é ter um bom gramado”, concluiu o defensor.

Em Belo Horizonte, no campo do Mineirão, menos criticado do que outros, Brasil e Argentina medirão forças na próxima terça-feira (2), a partir das 21h30 (de Brasília). Quem sobreviver ao clássico jogará a final da competição no domingo (7), no Maracanã, no Rio de Janeiro, contra o vencedor do duelo entre Chile e Peru.

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