Descrição de chapéu Copa do Mundo Feminina

Após polêmica com atacante, Trump parabeniza seleção dos EUA

Rapinoe havia dito que não iria à Casa Branca caso país vencesse a Copa

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São Paulo

Após uma polêmica envolvendo o presidente dos EUA e a atacante da seleção feminina do país, Megan Rapinoe, Donald Trump parabenizou a equipe no Twitter pela vitória na final contra a Holanda, neste domingo (7), por 2 a 0, resultado que deu ao time o tetracampeonato mundial.

"Parabéns à seleção feminina dos EUA por vencer a Copa do Mundo! Jogo ótimo e emocionante. A América está orgulhosa de todas vocês!", publicou o presidente na rede social cerca de duas horas após o final da partida.

Abertamente gay e defensora de bandeiras de igualdade racial e de gênero, Rapinoe, artilheira e eleita melhor jogadora do torneio, travou um conflito direto com o presidente americano durante a Copa do Mundo Feminina.

Às vésperas das quartas de final contra a França, donas da casa e um dos melhores times do torneio, Rapinoe afirmou em entrevista que não iria "à porra da Casa Branca" se as americanas conquistassem o tetracampeonato.

Trump reagiu dizendo que ainda não havia convidado a jogadora ou a seleção para sua residência oficial e que Rapinoe precisava "vencer antes de falar."

"Ela não deveria desrespeitar nosso país, a Casa Branca ou a nossa bandeira, especialmente tendo em vista o muito que tem sido feito por ela e pelo time. Tenha orgulho da bandeira que você veste", retrucou o presidente.

Na véspera da final, Rapinoe disse que “não muitas” colegas iriam à Casa Branca se forem chamadas.

A referência feita por Trump é em relação à postura de Rapinoe quando o Hino Nacional americano toca antes das partidas. Ela não canta e não leva a mão direita ao peito, como as demais jogadoras de sua seleção.

A recusa em replicar o patriotismo tão habitual nos EUA vem desde 2016, quando Rapinoe —uma atleta branca— se ajoelhou durante o hino antes de uma partida repetindo o gesto consagrado por Colin Kaepernick, ex-jogador negro da NFL (liga de futebol americano dos EUA), em protesto contra o racismo no país.

Seis meses depois, em aparente resposta às manifestações, a federação de futebol americana alterou seus regulamentos para exigir que os jogadores ficassem em posição de respeito, em pé, durante a execução do hino.

Rapinoe agora permanecesse ereta, porém em silêncio nos minutos que antecedem a partida. Durante os jogos e nas lutas fora de campo, porém, é uma das lideranças mais ativas entre as 23 americanas que conquistaram o quarto título no Mundial —o segundo consecutivo.

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