Descrição de chapéu Pan-2019

Em alta no ciclismo e na neve, brasileira de 43 anos mira 8ª Olimpíada

Medalhista na prova de mountain bike do Pan, Jaqueline Mourão também compete no esqui

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Lima (Peru)

Primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha na prova de mountain bike do Pan, a ciclista Jaqueline Mourão, 43, bronze neste domingo (28) em Lima, vive um grande momento da carreira. E não apenas sobre rodas.

“A medalha hoje foi histórica e me fez acreditar que vale a pena”, ela afirmou. Doze anos após a sua maior decepção, ter ficado sem medalha no Pan do Rio-2007, enfim chegou o momento de celebrar. “Eu estou forte. Comparada com a Jaque de 2007, sou menos imediatista e mais inteligente. Consigo analisar o que é importante”.

Com seis participações em Jogos Olímpicos (quatro delas na Olimpíada de Inverno), a brasileira buscará sua sétima em Tóquio-2020 e a oitava em Pequim-2022. Para isso, o país precisa continuar entre os 21 primeiros do ranking mundial (é o 15º atualmente).

Jaqueline Mourão, medalha de bronze no mountain bike dos Jogos Pan-Americanos de Lima
Jaqueline Mourão, medalha de bronze no mountain bike dos Jogos Pan-Americanos de Lima - Abelardo Mendes Jr/rededoesporte.gov.br

Ela participou dos Jogos de Inverno de Turim-2006, Vancouver-2010, Sochi-2014 e PyeongChang-2018. Olimpíadas de Verão ela tem duas: Atenas-2004 e Pequim-2008. Ela é a recordista, ao lado de nomes como Torben Grael, Formiga e Rodrigo Pessoa, em número de aparições olímpicas pelo Brasil.

Jaqueline consegue se manter na elite do esporte mesmo conciliando o ciclismo com o esqui cross country, prova de inverno.

“Este ano consegui medalha em etapa classificatória do Mundial. Consegui sair da condição de brasileira do país exótico que participa dos Jogos de Inverno para uma condição de ‘cuidado com essa brasileira que ela pode chegar ao pódio’. É muito legal chegar a esse nível nos esporte de neve”, disse ela, que treina para o esqui no Canadá.

Em fevereiro deste ano, Jaqueline precisou sair direto do Mundial da modalidade, na Áustria, para uma competição de mountain bike no Brasil. Por estar sempre nessa transição entre as modalidades, a experiente atleta também precisa de cuidados redobrados com lesões.

“Não é fácil conciliar as viagens. Minha mãe, Ângela, é minha anja e fica com meus filhos, de 4 e 8 anos”, ela conta, entre mordidas em um sanduíche para recuperar as forças após uma prova de cerca de uma hora e meia.

Se for para continuar com o sorriso que exibia em Lima neste domingo, Jaqueline sabe que todo esse esforço vale a pena.

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